Um pitbull feriu três pessoas da mesma família em um supermercado de Santos, no litoral de São Paulo. Conforme apurado pelo g1, o animal mordeu uma criança de dois anos, o pai e o avô dela, que colocaram a mão dentro da boca do cão para socorrer o menino. A PM informou que o cachorro estava perdido e ficou sob os cuidados do estabelecimento.
A mãe do menino contou que o filho, o pai e o marido foram socorridos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) no Atacadão, na Avenida Nossa Senhora de Fátima. Jéssica Ramos informou que os três foram atendidos na UPA Zona Noroeste e, agora, se recuperam em casa.
“Meu pai enfiou a mão na boca do cachorro para o cachorro soltar o meu filho. Ele enfiou a mão de um lado e, meu marido, do outro”, contou a dona de casa, de 29 anos, que presenciou a cena na tarde de sábado (29).
O pai de Jéssica, Adonelo Vieira, de 61 anos, teve ferimentos nas mãos, barriga, cintura e joelho. A criança sofreu uma fratura na costela direita e o marido, de 37, um machucado no dedo.
Pai da criança, de 37 anos (foto à esq.), ficou com dedo da mão sangrando no ataque — Foto: Arquivo pessoal
Jéssica explicou que estava com a família em uma lanchonete no interior do mercado e que o filho foi atacado no momento em que se levantou da mesa para ir atrás do pai, que se encaminhava ao balcão do comércio para pegar um refrigerante.
“Eu corri, puxei meu filho pelo braço e caí no chão, porque rasgou a roupa [do menino]”, disse Jéssica, que tentou salvar o garoto, mas não conseguiu.
Blusa de frio da criança ficou rasgada após o ataque em Santos (SP) — Foto: Arquivo pessoal
Segundo a mãe, o pitbull fez menção de avançar no pescoço do filho, momento em que o avô se colocou na frente e acabou mordido na barriga.
O animal soltou a criança, que foi socorrida por Jéssica. A mulher contou ter corrido com o filho para a cozinha da lanchonete em busca de ajuda.
Depois de algum tempo, mãe e filho conseguiram entrar na cozinha e o idoso conteve o cão jogando carrinhos de mercado em direção a ele. Segundo Jéssica, durante o ataque, os funcionários do Atacadão não tomaram providências e ‘ficaram só olhando’.
“É uma coisa que a gente nem imagina […]. É um desespero enorme”, disse ela, que não conseguiu ajudar o pai e não viu ninguém se mobilizando para controlar o cão. “A gente já pensa o pior”, disse.
Em nota, a Polícia Militar disse ter sido acionada por volta de 14h20 e que a ocorrência foi apresentada na Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Santos.
Cachorro estava perdido, diz PM
De acordo com a Polícia Militar, a equipe acionada para a ocorrência constatou que o pitbull estava perdido. Jéssica destacou que funcionários do mercado disseram que o cachorro estava lá desde a manhã do sábado. Ela não sabe a quem pertence ao animal e contou estar traumatizada.
Em nota, o Atacadão lamentou o ocorrido e informou ter prestado os primeiros socorros e acionado o Samu para atender a família. “Estamos em contato com os familiares desde o incidente, oferecendo toda assistência necessária neste momento.”
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