Nos últimos anos, o preço do metro quadrado em um apartamento em cidades chinesas como Xangai ou Pequim tem sido mais caro do que em um apartamento em Nova York. Esse cenário imobiliário da China é um dos sintomas da desaceleração da segunda maior economia do mundo.
Evergrande Oasis, complexo residencial do grupo Evergrande, em construção em Luoyang, na China — Foto: Carlos Garcia Rawlins/Reuters
Uma das principais razões para essa desaceleração é a queda da atividade no setor de construção civil, que corresponde a 25% do PIB da China. É o que explica Clauda Trevisan, diretora executiva do Conselho Empresarial Brasil China.
“O governo chinês avalia que é preciso reduzir o peso desse setor no PIB para que o crescimento chinês seja sustentável a longo prazo.”
“Esse aumento desenfreado de preços [dos imóveis] também passou a preocupar o governo chinês. Um dos principais slogans do presidente Xi Jinping é a promoção da prosperidade comum. Para ser realizada, implica uma redução de desigualdades entre campo e cidades, desigualdades de renda. E o aumento do preço dos imóveis estava contribuindo para o aumento dessa desigualdade, não para redução.”
Comprar imóveis, explica Trevisan, “tem sido uma maneira de famílias que poupam muito guardarem dinheiro, o que foi contribuindo para o aumento dos preços”.
Publicar comentários (0)