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Esse encarecimento é causado pela seca na Europa, que sofre a terceira grande queda na colheita das oliveiras consecutiva devido às altas temperaturas.
O Brasil é o segundo maior importador de azeite do mundo, segundo o Conselho Oleícola Internacional (COI). Apenas 1% do que é consumido no país é plantado nele mesmo. Por isso, o preço do azeite no mercado interno acaba sendo influenciado pelo que acontece nos principais países produtores.
Na Europa, o preço do produto dobrou, segundo dados da Comissão Europeia. Isso está impactando a economia de três grandes produtores: Espanha, Itália e Grécia, que são responsáveis por 66% da produção mundial. Além disso, o azeite é fundamental para a economia de Portugal.
Além disso, na Espanha, carregamentos de azeitonas têm sido roubados (saiba mais abaixo).
Entre 2022 e 2023, a produção de azeite caiu 20% na Europa, fazendo com que compradores se voltassem para produtores alternativos, como Turquia, Tunísia, Marrocos e Argélia.
Mas a queda da produção e a escassez do azeite fez esses países alternativos imporem limites mais rígidos às exportações, em alguns casos chegando à proibição, em uma tentativa de controlar melhor os preços internos, aponta Peçanha. Contudo, isso acabou aumentando ainda mais os valores no mercado internacional.
Entre os principais produtores mundiais do azeite de oliva, a Espanha fica em primeiro lugar, com 40% do volume mundial. Ela tem sido bastante afetada pelas mudanças climáticas.
No país europeu, a safra já caminha para o seu terceiro ano de queda consecutivo, aponta o produtor de azeite Jeronimo Santos, que esteve no país estudando o cultivo nesta segunda quinzena de outubro e é ganhador do prêmio instituído pelo COI. “Mário Solinas”.
Entre as safras 2021/2022 e 2022/2023 a queda da colheita na Europa foi de cerca de 37%. Apenas na Espanha foi de quase 45%, aponta a Comissão Europeia.
As expectativas é que a safra 2023/2024, que está em época de colheita, fique na mesma quantidade, segundo o produtor.
Isso aconteceu porque não está chovendo com a frequência necessária para o desenvolvimento das oliveiras. A seca se agravou ainda mais entre fevereiro e março deste ano, aponta Peçanha.
“Este ano, de uma maneira incrível, houve na Europa uma onda de calor por 15 dias, exatamente o período em que as árvores abriram as flores. A temperatura foi tão alta que as flores simplesmente queimaram, como um cigarro queimado”, diz Santos.
O período de floração é o mais sensível para o desenvolvimento das azeitonas, de onde o azeite é extraído.
Santos relata que as árvores, que normalmente desenvolvem 80 kg de azeitona, estão gerando apenas 25 kg nas principais regiões produtoras.
Sem fruto nas árvores, mas com um consumo que se mantém alto, os estoques de azeite na Europa estão zerando, afirma Santos.
Além disso, não existe uma perspectiva de curto prazo para essa recuperação. O produtor estima que levaria cerca de 3 anos, caso todas as safras desse período sejam boas. Se as quedas continuarem, não há um prazo para a melhora da produção e dos preços.
O agricultor explica que a azeitona é colhida apenas durante três meses ao ano, para o fornecimento de azeite pelo ano inteiro. Por isso, é fundamental ter uma boa produção para formação de estoques.
Na Espanha, o preço do azeite já o tornou artigo de luxo e cargas do produto, bem como de azeitonas, têm sido roubadas. Em agosto, carregamentos de 50 mil e 60 mil litros de azeite extravirgem foram furtados, segundo o jornal local La Vanguarda.
E não foi a primeira vez. Em março, 16 pessoas foram presas por suspeita de roubo de 17,5 toneladas de azeitonas.
Para Santos, isso se dá porque a fruta está valendo o dobro do preço e a colheita é a etapa mais cara. “Então, o sujeito pega um caminhão já abastecido ou até colhe o azeite durante a noite, focado em algo que precisa ter um valor importante, porque senão, não valeria a pena, né?”, afirma.
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Por: G1
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Diego Soares
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