O prefeito de Ilha Comprida, Geraldino Júnior (PL), teve o mandato cassado na madrugada desta sexta-feira (5). O político foi alvo de uma Comissão de Investigação e Processante (CIP) por não responder a requerimentos apresentados pelos vereadores principalmente sobre questões ligadas à infraestrutura e melhorias da cidade. Ele afirmou que os sete parlamentares que votaram pela sua cassação “agiram por motivos pessoais e estritamente políticos” e recorrerá da decisão.
A denúncia de infração político-administrativa foi enviada pelo morador Francisco José Lourenço de Oliveira. Com duração aproximada de 12 horas, a sessão de julgamento na Câmara Municipal teve início às 14h de quarta-feira (4) e resultou na cassação do prefeito.
Devido ao afastamento do chefe do Executivo do cargo, a vice-prefeita Maristela Cardona (Republicanos) deve tomar posse às 15h30 desta sexta-feira na Câmara Municipal.
O vereador Rogério Lopes Revitti (PP) presidiu a CIP, sendo o relator Fabiano Pereira (Avante). Enquanto sete parlamentares foram favoráveis, dois foram contrários a cassação.
Votaram a favor os vereadores: Fábio Tonon (Avante), Milton Pires (Avante), Fabiano Pereira (Avante), Oeder Kuznier (Avante), Emerson Gryllo (Podemos), Rogério Revitti e Andressa Ceroni (Podemos). Já os votos contrários partiram de Ivan Heleno (PL) e Daniel Ramos (Podemos).
Geraldino Júnior estava em seu segundo mandato como prefeito de Ilha Comprida. Na sessão, o então chefe do Executivo alegou que os parlamentares “querem parar a cidade por questão política” e que o motivo da cassação não é corrupção, mas perseguição.
Em nota enviada ao g1, a administração municipal disse que, segundo o prefeito, os favoráveis à decisão agiram dessa forma porque ele escolheu um pré-candidato à prefeitura diferente do escolhido pelos vereadores.
“Geraldino Júnior afirmou que irá recorrer da decisão na Justiça e confia em sua breve volta ao cargo, uma vez que as alegações apontadas para a cassação não têm ‘justa causa’ e foram motivadas ‘por interesses pessoais e eleitorais'”.
De acordo com a nota, todos os requerimentos foram respondidos, mesmo que fora do prazo, porque as informações eram dadas pessoalmente pelos secretários e diretores aos vereadores. Ele ainda alegou que nunca sonegou informações aos parlamentares.
“Ao longo dos sete anos e quatro meses de gestão, as portas do Gabinete do Prefeito e de todas as Secretarias e Departamentos estiveram sempre abertas para receber e prestar todos os esclarecimentos aos vereadores, inclusive, com prioridade, numa relação de respeito, cordialidade e reconhecimento da importância do trabalho do Legislativo”, disse a prefeitura, em nota.
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