A um dia do início da Copa do Mundo de 2022, o presidente da Fifa, Gianni Infantino, rebateu as críticas crescentes de países europeus à federação pela escolha do Catar como país sede. Infantino disse que a Europa também tem problemas e que a Fifa “não é a ONU”.
Desde que o Catar foi escolhido para sediar a competição, em 2010, a Fifa vem enfrentando críticas por eleger um país com histórico de desrespeito aos direitos humanos, pela repressão à comunidade LGBTQIA+ e pelo tratamento a trabalhadores migrantes que construíram estádios e a infraestrutura da Copa.
“O que nós, europeus, temos feito nos últimos 3.000 anos, devemos nos desculpar nos próximos 3.000 anos antes de começarmos a dar lições de moral às pessoas”, disse Infantino a centenas de meios de comunicação internacionais.
Ao falar sobre a escolha do Catar para sediar a Copa, Infantino disse ainda que “não somos a polícia do mundo”.
“A Fifa não é (Organização das) Nações Unidas. Não somos a polícia do mundo, ou os capacetes azuis. A única arma que temos é a bola.”
Infantino disse ainda que o Catar e a capital Doha estarão prontos para sediar a “melhor Copa do Mundo de todos os tempos”.
“Hoje me sinto do Catar”, disse Infantino. “Hoje me sinto árabe. Hoje me sinto africana. Hoje me sinto gay. Hoje me sinto uma pessoa com deficiência. Hoje me sinto um trabalhador migrante”.
Os jogadores irão a campo com uma braçadeira homenageado a diversidade e a inclusão, em protesto contra a repressão com a qual o governo catariano tem tratado a comunidade LGBTQIA+.
“Dizer que não deveríamos nos concentrar nos direitos humanos durante a Copa do Mundo realmente me irritou”, afirmou o dirigente.
A Fifa, a entidade máxima do futebol, sugeriu em um pronunciamento do presidente Gianni Infantino que as 32 seleções participantes “se concentrem no futebol” e pediu às equipes que não “dessem mais lições de moral”.
Recentemente, a Fifa proibiu a Dinamarca de treinar com camisas em apoio aos direitos humanos.
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Por: G1
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