María Corina Machado, a principal opositora do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, denunciou nesta quinta-feira (18) um atentado contra ela e sua equipe. Segundo Machado, agentes do governo venezuelano vandalizaram os dois carros de sua comitiva e cortaram as mangueiras dos freios na madrugada de quarta para quinta.
“Esta madrugada cometeram um atentado contra mim e minha equipe em Barquisimeto, estado Lara. Nossos carros foram vandalizados e cortaram a mangueira dos freios. Agentes do regime nos seguiram desde Portuguesa e cercaram a urbanização onde pernoitamos. A campanha de Maduro é a violência e ele é responsável por qualquer dano à nossa integridade física. Não nos deterão”, disse Corina Machado.
O governo Maduro não se manifestou a respeito da denúncia até a última atualização desta reportagem.
María Corina Machado, principal opositora do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, denuncia atentado contra ela e sua equipe em 18 de julho de 2024. — Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal
A Venezuela promove eleições no dia 28 de julho sob desconfiança da comunidade internacional de que o regime de Nicolás Maduro não assegure votações livres e democráticas —o que contraria um compromisso formal assinado em outubro de 2023. O governo venezuelano recusou a presença de uma comitiva independente da União Europeia no país para observar as eleições.
O chefe de segurança de Corina Machado foi preso também na quarta. Milciades Ávila, um ex-policial a serviço de Machado há 10 anos, “foi sequestrado pelo regime sob acusação de violência de gênero”, escreveu a opositora no X (antigo Twitter).
Segundo o partido de Corina Machado, Vente Venezuela, policiais “invadiram à força a residência onde ele se encontrava, violando todos os procedimentos legais”.
Ainda em julho, a oposição denunciou a prisão de outros nove membros da oposição em quatro estados do país. A ONG Foro Penal, dedicada à defesa de presos políticos, informou na terça-feira (16) que contabiliza 102 prisões ligadas à campanha da oposição na Venezuela.
Maria Corina Machado em março de 2023 — Foto: Leonardo Fernandez Viloria/Reuters
Nicolás Maduro em 1º de maio de 2024 — Foto: Leonardo Fernandez Viloria/Reuters
Além do Brasil, ao menos 11 países manifestaram preocupação com as eleições (Estados Unidos, Argentina, Colômbia, Chile, Equador, Costa Rica, Guatemala, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai).
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Por: G1
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