Quem é o delegado da PF baleado na cabeça durante operação policial no litoral de SP

Cunha começou a carreira na PF como escrivão de polícia em 2010 e, após quatro anos, tornou-se delegado e entrou na Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF). “A primeira lotação dele [trabalho na PF] foi no Pará (PA) e depois foi para São Paulo”, explicou o presidente da entidade Luciano Soares Leiro, dizendo que a mudança de estado aconteceu em 2019.

Ele é tesoureiro suplente da diretoria da regional de São Paulo. “Muito competente, atuante e participativo. Um grande colega”, descreveu o presidente da ADPF.

Já em São Paulo, se tornou chefe substituto da Delepat e atua na Superintendência da PF na capital. “Um profissional muito competente, tanto atuando como delegado nas suas atividades, como atuando em prol da associação”, destacou Leiro.

Segundo o presidente da ADPF, o ataque a Cunha é uma ameaça ao Estado Democrático de Direito. “Costumo dizer que a polícia é a última fronteira para o caos”, disse ele.

O presidente da ADPF explicou que a entidade está acompanhando o caso e prestando o apoio necessário ao policial e à família.

Em nota, a associação se solidarizou e desejou pronta recuperação. “Todos os delegados federais estão unidos em pensamento positivo pelo rápido restabelecimento da saúde do colega. É inadmissível que tais ataques se perpetuem contra policiais federais ou quaisquer agentes de segurança pública”, diz o comunicado.

A nota ainda enfatiza que a entidade cobrará das autoridades competentes uma rápida e rigorosa punição dos criminosos.

O delegado foi baleado na cabeça durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão em Guarujá, no litoral de São Paulo, na terça-feira (15). Segundo o Ministério Público de São Paulo (MP-SP), Cunha atuava na Operação Caeté, que tinha apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) no Guarujá.

Cunha foi atingido durante a tentativa de fuga de dois criminosos. Os demais policiais revidaram os disparos e um dos homens foi atingido na perna. Segundo a PF, ambos foram presos em posse de uma submetralhadora, uma pistola, dinheiro e drogas.

A Polícia Federal informou que a dupla foi autuada por tentativa de homicídio, tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo.

A decisão foi do juiz federal Mateus Castelo Branco Firmino da Silva, após audiência de custódia de Jefferson dos Santos Pereira. Segundo o documento, obtido pelo g1, Rafael não compareceu ao julgamento pois estava internado no Hospital Santo Amaro, em Guarujá, uma vez que foi atingido por um tiro na perna durante o confronto com os policiais.