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Relatório da ONU detalha os últimos abusos humanitários em ataques da Rússia à Ucrânia

today24 de março de 2023 11

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“Um ano depois que a Federação Russa lançou um ataque armado em grande escala contra a Ucrânia, as hostilidades continuam a exercer um severo impacto sobre crianças, mulheres e homens em todo o país”, disse o Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) em um novo relatório.

O relatório mostra que pelo menos 5.987 civis foram mortos ou feridos entre 1º de agosto de 2022 e 31 de janeiro de 2023, um número provavelmente subestimado, uma vez que cobre apenas os casos que seus investigadores conseguiram verificar.

O uso de armas explosivas de forma indiscriminada foi responsável por um grande número de vítimas civis, disse o relatório, e seus números mostraram que pelo menos quatro vezes mais vítimas civis ocorreram em território controlado pela Ucrânia do que em áreas controladas pela Rússia.



A maioria dos 133 casos de violência sexual relacionada a conflitos documentados pelo ACNUDH ocorreu em território ocupado pela Rússia, inclusive durante processos de deportação forçada.

A Missão Permanente da Rússia nas Nações Unidas não respondeu imediatamente a um pedido de comentário sobre as descobertas.

O governo russo negou repetidamente as acusações de que suas forças cometeram atrocidades durante a invasão, que afirma ser uma “operação militar especial”.

O relatório documentou o desaparecimento ou “detenção arbitrária” de 214 ucranianos em território ocupado pela Rússia e 91 casos desse tipo em áreas controladas pelo governo ucraniano. A maioria dos detidos pela Ucrânia eram suspeitos de serem colaboradores.

A Ucrânia não comentou imediatamente o relatório.

Morador local caminha em uma rua vazia em Bakhmut, Ucrânia, em 3 de março de 2023 — Foto: REUTERS/Oleksandr Ratushniak

Desaparecimento de crianças

O relatório disse que o ACNUDH está “seriamente preocupado” com o que descreveu como maus-tratos, tortura e desaparecimento de crianças pelas forças russas, incluindo o sequestro de cinco adolescentes, todos torturados.

A Rússia não esconde que tem um programa sob o qual trouxe milhares de crianças ucranianas para seu território, mas o apresenta como uma campanha humanitária para proteger órfãos abandonados na zona de conflito.

Um relatório separado do ACNUDH, também divulgado na sexta-feira, culpou as forças russas e ucranianas pelos maus-tratos aos prisioneiros de guerra.

Estão documentadas as execuções sumárias de 15 prisioneiros de guerra ucranianos e 25 prisioneiros de guerra russos. A agência disse que “podem constituir crimes de guerra”, mas que as descobertas foram “influenciadas em medida substancial pelo nível e tipo de acesso a centros de detenção e prisioneiros de guerra”.

A ONU acrescentou que os prisioneiros de guerra russos em geral “foram tratados de melhor maneira, uma vez mantidos em trânsito e locais permanentes de internamento”. Também disse que as autoridades ucranianas “se envolveram ativamente” nas questões da ONU sobre o tratamento de prisioneiros de guerra.

Em ambos os relatórios, o ACNUDH pediu a “todas as partes” que protejam as vítimas e punam os perpetradores.

Os governos dos dois países não comentaram imediatamente o relatório do ACNUDH sobre prisioneiros de guerra.

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Por: G1

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