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São Vicente e Praia Grande estão em ranking de roubo de cargas no estado de SP, aponta pesquisa

today18 de dezembro de 2023 15

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Reunindo uma série histórica de 2015 a setembro de 2023, o estudo foi conduzido por profissionais de ciências de dados do departamento de inteligência da empresa. O santista Saulo Chaves, diretor de Negócios da ICTS Security em São Paulo, explicou ao g1 que a conexão multimodal, com o Porto e as indústrias em Cubatão, pode explicar parcialmente os resultados.

No ranking de janeiro a setembro de 2023, a capital paulista aparece em primeiro lugar com 47,1% dos casos de roubos de cargas, seguida por Guarulhos, com 4,9%, e Osasco, com 4,8%. São Vicente vem logo depois, com 3,1% das ocorrências e, em quinto lugar, Praia Grande, com 2,7%. Em 2022, no mesmo período, Osasco e Campinas ficaram em quarto e quinto lugares.

O estudo revelou que São Paulo foi o estado com a maior incidência de roubos de carga em 2022, com 48,7% dos casos no Brasil. Quando combinado com o Rio de Janeiro, os dois concentraram a média de 82% dos crimes no país no período analisado.



“São dados da Secretaria de Segurança Pública que nós trazemos para dentro para criarmos um grande banco de dados. Nós temos um hub [departamento] de inteligência. Pegamos esses milhares de dados que vêm de todas as delegacias, de todo o estado. Trazemos essas informações para o hub e ele faz essa depuração. Então, são dados compilados”, explicou Saulo.

A pesquisa apontou que a maioria das ocorrências de roubos de cargas em São Paulo ocorre pela manhã, representando 46,6% dos casos, seguidos pelo período da tarde, com 25,8%, e pelas primeiras horas da madrugada, com 15,1% das ocorrências. Os episódios ocorrem com mais frequência em dias úteis.

Considerando a análise de uma taxa de variação do acumulado do ano, houve um aumento considerável do crime de roubo de carga no litoral paulista. Entre janeiro e setembro de 2022, São Vicente registrou 3 ocorrências e, no mesmo período em 2023, 130. Outros destaques são Guarujá, que passou de 5 para 79 e, Praia Grande, de 30 para 116.

“Nós temos um departamento dentro da ICTS, profissionais especialistas em análise de dados, data science […] Eles conseguem, através disso, gerar tendências… falamos até de predição. Com base na série histórica, projetamos para frente o que pode ocorrer caso nada seja feito pelas empresas, pelos órgãos de segurança pública. Então, através de métodos estatísticos, conseguimos olhar para frente”.

Dados foram compilados de acordo com a Secretaria de Segurança de São Paulo. — Foto: ICTS Security

Saulo destacou que, muitas vezes, o roubo de carga é um problema que passa despercebido. Quando as empresas têm prejuízo, isso acaba chegando ao produto final. Por isso, um dos objetivos da pesquisa é alertar a sociedade.

“O custo do frete acaba sendo mais alto, porque as empresas têm que contratar escoltas, serviços especializados de transportes. Tudo isso encarece o preço do produto final. Então, há relação do roubo de carga com o nosso dia a dia, com o cidadão comum”.

Saulo avaliou que a diferença entre os números em 2022 e 2023 é gritante e que o surpreendeu. Apenas com esses dados, segundo ele, não é possível dizer ao certo o que causou o aumento dos roubos tão expressivamente. Apesar disso, ele acredita que tenha a ver com a conexão multimodal que a Baixada Santista tem devido ao Porto de Santos e as indústrias.

“Ainda é muito incipiente, é o primeiro ano em que houve essa grande migração. Então, ainda não conseguimos correlacionar um nexo causal […] Estamos acompanhando esses números, e olhamos a sazonalidade. Como vai se comportar em 2024? Soltamos esse primeiro estudo e, a partir de agora, soltaremos estudos recorrentes para começarmos a acompanhar essas tendências”.

O g1 entrou em contato com a SSP para questionar sobre os números apresentados na pesquisa e aguarda retorno.

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Todos os créditos desta notícia pertecem a G1 Santos.

Por: G1

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