Rádio 97 WEB O melhor da música Cristã
Podcast Tenho Fé No Amanhã Ministro Fábio Paschoal
Uma pesquisa do Instituto de Geodésia da Graz University of Technology (TU Graz), na Áustria, revela que os níveis das águas subterrâneas no Velho Continente têm se mantido extremamente baixos desde 2018, “mesmo que eventos climáticos extremos com inundações deem temporariamente uma impressão diferente”.
Os primeiros registros da questão da seca na Europa Central podem ser observados em uma publicação de 2020 de Eva Boergens. Naquele momento, a pesquisadora notou que houve uma importante escassez de água nos verões de 2018 e 2019 na região. Desde então, revelam os estudos deste ano, não houve aumento nos níveis das águas subterrâneas.
Pelo contrário. Análises feitas pelos cientistas Torsten Mayer-Gürr e Andreas Kvas com base em imagens feitas por satélites mostram a seca se espelhando pela Europa, com chuvas insuficientes e calor mais intenso que o normal.
Imagem de satélite mostra seca na região da Europa Central — Foto: Reprodução/NASA e TU Graz
Imagens de satélite mostram a superfície da Província de Cuneo, na Itália, em janeiro de 2021 e janeiro de 2023, revelando a queda na quantidade de neve — Foto: Reprodução/CIMA Research Foundation
Estudos da CIMA Research Foundation alertam para o mesmo risco de seca, mas sob uma perspectiva diferente. Em uma análise feita também com imagens de satélites, a fundação percebeu uma forte diminuição na quantidade de neve nos invernos de 2022 e 2023 na região dos Alpes, em relação a 2021.
“As temperaturas amenas no outono e no inverno, combinadas com a falta de precipitação na forma de neve, levaram a um grande déficit no equivalente de água da neve (a quantidade de água armazenada na forma de neve), pelo segundo ano consecutivo”, pontua a CIMA.
De acordo com a fundação, “as imagens das pistas de esqui reduzidas a miseráveis faixas de neve artificial não são apenas um sinal de problemas para o turismo: de fato, a escassez de precipitação sob a forma de neve nos Alpes também pode ser um problema grave em termos de gestão dos recursos hídricos, porque significam que o abastecimento de água obtida pela neve é escasso”.
Essa combinação de fatores já trouxe problemas para a Europa, sobretudo no verão de 2022, com leitos de rios secando, águas paradas e diversos impactos ambientais e sociais.
“Não só inúmeras espécies aquáticas perderam seu habitat e os solos secos causaram muitos problemas para a agricultura, como também a escassez de energia na Europa piorou como resultado. As usinas nucleares na França careciam de água de resfriamento para gerar eletricidade suficiente e as usinas hidrelétricas também não poderiam cumprir sua função sem água suficiente”, explicam os pesquisadores da TU Graz.
Com a continuidade da situação climática preocupante, as perspectivas para 2023 são pessimistas e indicam um verão ainda mais seco. Torsten Mayer-Gürr afirma que, há alguns anos, não imaginava que este seria um problema no continente, mas que a questão da água na Europa se tornou “muito precária”.
Além das imagens de satélite, moradores e turistas já percebem a gravidade da seca a olho nu. Em Veneza, na Itália, por exemplo, as marés estão tão baixas que impossibilitam a navegação de gôndolas, táxis aquáticos e ambulâncias em alguns dos canais.
A Itália enfrenta semanas de seca. Em Veneza as marés estão extraordinariamente baixas e comprometem a navegação de gôndolas e táxis aquáticos nos canais.
Embora muito se fale sobre as secas severas na Europa, as mudanças climáticas também trazem outro risco para o continente: o das inundações. Pesquisa divulgada no jornal Nature Climate Change alerta que o risco de inundações fluviais na região pode atingir níveis sem precedentes devido ao aquecimento global e ao desenvolvimento contínuo em áreas propensas a inundações.
O aquecimento global, explicam os cientistas, leva a uma perda significativa de pedaços gigantes de geleiras no meio dos oceanos, o que causa elevações bruscas no nível das águas – levando a graves inundações.
VÍDEO: Imagens de drone mostram destruição causada por enchentes na Alemanha
Por: G1
Esta notícia é de propriedade do autor (citado na fonte), publicada em caráter informativo. O artigo 46, inciso I, visando a propagação da informação, faculta a reprodução na imprensa diária ou periódica, de notícia ou de artigo informativo, publicado em diários ou periódicos, com a menção do nome do autor, se assinados, e da publicação de onde foram transcritos.
Ranking foi criado a partir de avaliações de usuários do site de viagens Booking.com para reconhecer acomodações, agências de aluguel de carro e companhias de táxi que melhor recebem os turistas. Turistas caminham em frente ao Coliseu, em Roma, em 6 de agosto de 2021 na Itália — Foto: Riccardo De Luca/AP O Brasil é o 9º país mais acolhedor no mundo na opinião de turistas. É o que aponta […]
Publicar comentários (0)