No domingo (22) as votações foram as seguintes:
- O atual ministro da Economia, Sergio Massa, teve 36,68% dos votos.
- O deputado federal ultraliberal Javier Milei ficou com 29,98% dos votos.
- Patricia Bullrich, a terceira colocada, terminou com 23,83% dos votos.
O segundo turno acontece no dia 19 de novembro.
No fim da noite de domingo, Bullrich deixou claro que ela mesma não vai apoiar Sergio Massa, o candidato peronista (ou seja, da corrente política ligada a Juan Domingo Perón, que foi presidente da Argentina três vezes no século passado). Ela não falou nada sobre Milei, no entanto.
Massa quer evitar excentricidades do adversário
Neste segundo turno, Sergio Massa deve tentar se aproximar do atual prefeito de Buenos Aires, Horacio Larreta, um aliado do ex-presidente Mauricio Macri.
Larreta foi pré-candidato à presidência neste ano. Ele disputou a nomeação do Juntos pela Mudança, a coligação política de Macri, mas perdeu para Patricia Bullrich. O prefeito é tido como um político mais centrista do que Bullrich.
A coligação Juntos pela Mudança é formada pelos partidos:
- Proposta Republicana, de Maurício Macri;
- União Civica Radical, um dos partidos mais tradicionais da Argentina.
A campanha de Massa também tenta obter apoio da União Cívica Radical.
O plano dos estrategistas de Massa em relação a Milei é discutir apenas as propostas dele, e não as excentricidades ou as declarações polêmicas –no QG de Massa, afirma-se que esse tipo de embate que favorece Milei –o candidato de direita ganhou fama em programas de debate na TV justamente ao encarnar uma espécie de personagem excêntrico que dava declarações polêmicas.
A ideia é associar Massa a um sentimento de nacionalismo pela Argentina. Um dos slogans é “Argentina, Sim” –essa seria uma forma de tentar sinalizar que Milei representa um sentimento anti-argentino.
Milei começou a elogiar a ex-adversária
Em seu discurso no domingo, Milei já começou a tentar se aproximar da coligação de Bullrich, a coligação Juntos pela Mudança.
Nesta segunda-feira, ele voltou a elogiar a ex-adversária. Em uma entrevista, ele afirmou que ela teve sucesso combatendo a insegurança (Bullrich foi ministra da Segurança durante o governo de Mauricio Macri).
Ele também afirmou que o eleitorado sinalizou que não quer a permanência do grupo político que atualmente está no governo, os kirchneristas.
Um sinal disso seria que a soma de votos dele, Milei, e de Bullrich é de mais de metade dos votos.
Massa e Milei — Foto: Mariana Nedelcu/REUTERS; LUIS ROBAYO / AFP
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Por: G1
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