Empresa chinesa Shein — Foto: Stefeni Reynolds/ AFP
Um grupo de legisladores dos Estados Unidos pediu à autoridade reguladora de Wall Street que exija que a empresa chinesa de moda Shein comprove e certifique que não utiliza trabalho forçado de membros da etnia uigur como condição para uma oferta pública de ações.
O grupo de 24 parlamentares reúne republicanos e democratas da Câmara americana. Eles assinaram uma carta para solicitar para o chefe da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos a tomar medidas contra a Shein, que, segundo relatos, usa algodão da Região Autônoma Uigur de Xinjiang.
Um porta-voz da Shein afirmou que a empresa não possui fornecedores na região de Xinjiang e que tem “tolerância zero” para o trabalho forçado.
“A Shein está levantando capital agressivamente e planeja realizar uma oferta pública inicial antes do final deste ano fiscal”, disseram os legisladores em uma carta escrita em 1º de maio.
Fundada na China em 2008 e atualmente sediada em Singapura, a Shein se tornou um dos símbolos da moda de baixo custo e do crescimento econômico chinês.
“Pedimos que estabeleça regulamentações e ordene à Shein que certifique, por meio de uma verificação independente, que a empresa não usa trabalho forçado uigur como condição para se registrar para a emissão de valores nos Estados Unidos“, ressaltaram os parlamentares.
Grupos de direitos humanos denunciam que os uigures, de religião muçulmana, são submetidos a detenções em massa em campos de trabalho forçado e proibidos de expressar sua cultura.
Pequim alega que a minoria étnica não está sendo reprimida e que cumpre programas de reeducação para combater o terrorismo islâmico em Xinjiang.
Loja da Shein em formato pop-up (temporário) foi aberta em 2022, no Shopping Vila Olímpia; relembre:
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