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Sob bloqueio, mais de 30 mil sofrem de diarreia em Gaza, diz OMS

today9 de novembro de 2023 7

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O levantamento aponta que o surto já atingiu 33.551 pessoas no território desde meados de outubro — metade dessas pessoas, diz a OMS, são crianças.

O índice é bem acima da média registrada na Faixa de Gaza em 2021 e 2022, de cerca de 2.000 casos mensais – já considerada alta pela organização.

“A falta de combustível levou ao encerramento de fábricas de dessalinização, aumentando significativamente o risco de infecções bacterianas, como a diarreia”, afirmou a OMS.



O levantamento também cita 8.944 casos de sarna e piolhos, 1.005 casos de varicela, 12.635 casos de erupção cutânea e 54.866 casos de infecções respiratórias superiores desde meados de outubro no território.

100% da população com fome

“Antes de 7 de outubro, 33% da população sofria de insegurança alimentar”, disse Kyung-nan Park, diretor de emergências do Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas (PAM). “Podemos dizer com segurança que 100% estão em situação de insegurança alimentar neste momento.”

Ela disse que o PAM precisa de 112 milhões de dólares para poder alcançar 1,1 milhão de pessoas em Gaza nos próximos 90 dias. “Eles enfrentam o risco de desnutrição”, disse ela.

Além do financiamento, o PMA também precisa de entrada regular em Gaza e de acesso seguro uma vez lá dentro para poder chegar às pessoas necessitadas, acrescentou ela.

Desde a reabertura da passagem de Rafah, na fronteira de Gaza com o Egipto, para carga humanitária, em 21 de Outubro, o número médio diário de camiões que atravessaram para Gaza foi inferior a 19% do que era antes do conflito, de acordo com o escritório humanitário da ONU.

“Neste momento temos de 40 a 50 caminhões me ação”, disse Kyung-nan. “Só para assistência alimentar do PAM, precisaríamos de 100 caminhões por dia para podermos fornecer qualquer alimento humanitário significativo à população de Gaza.”

Kyung-nan disse que os próprios funcionários do PAM em Gaza não tinham o suficiente para comer. O programa costumava trabalhar com mais de 23 padarias no enclave densamente povoado, mas apenas uma ainda funciona devido à falta de combustível e suprimentos.

“Há histórias de pessoas que vão para lá, ficam dez dias na fila e saem de mãos vazias”, disse ela. “É muito sério.”




Todos os créditos desta notícia pertecem a G1 Mundo.

Por: G1

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