Bruno foi baleado em uma praça em frente à uma adega no bairro Anhanguera, em local próximo à loja de roupas onde ele trabalhava. Ele foi socorrido por testemunhas e levado ao Pronto-socorro do Quietude, mas acabou transferido ao Hospital Irmã Dulce, onde ficou internado até morrer.
Conforme apurado pela TV Tribuna, emissora afiliada à Globo, o suspeito foi detido após se apresentar junto com um advogado no 1º Distrito Policial de Praia Grande, na última quarta-feira (12). Ele não se manifestou em depoimento.
Além da prisão, a polícia também apreendeu um celular do suspeito, que será utilizado durante as investigações. A corporação investiga outro homem, este suspeito de ajudar o atirador na fuga.
Jovem que foi baleado em praça, no bairro Anhanguera, em Praia Grande, SP, morreu após 24 dias internado — Foto: Reprodução/Redes Sociais e Reprodução/TV Tribuna
Segundo o advogado Márcio Barros, que representa o homem preso, o cliente nega ter atirado em Bruno Santos Alves. O suspeito, ainda de acordo com o profissional, deve cumprir 30 dias de detenção temporária enquanto aguarda o andamento do inquérito policial.
“Ele diz que a autoria [do crime] não é da parte dele“, afirmou o advogado. “[Afirma] que no ambiente existiu uma ‘rixa’ e, nela, aconteceu esse homicídio. [Os policiais] chegaram a ele pois estava presente nesse dia”.
Bruno Alves (à esquerda, na primeira e segunda foto) morreu baleado. Amigo (à dir.) lamenta o caso — Foto: Reprodução e Arquivo Pessoal
“A gente já tinha uma base do que poderia acontecer: ele falecia ou ficava tetraplégico. Claro que ele ficaria sofrendo, mas a gente queria muito que ele vivesse”, disse anteriormente o amigo da vítima, Leonardo Arruda, de 26 anos.
Ainda segundo Leonardo, o grupo celebrava em frente à adega o aniversário de um ano da loja de roupas onde trabalhava. O amigo da vítima, que vive em Portugal desde 2023, não estava no local durante o ocorrido, mas foi informado sobre o crime.
“Chegaram várias histórias para mim […]. Acredito que ele viu a briga acontecendo, e alguma amiga estava no meio. Só que, por algum motivo, ele se virou e, covardemente, alguém atirou nele”, complementou Leonardo.
Leonardo e Bruno eram amigos há anos e, inclusive, conheciam as famílias um do outro. Mesmo com a mudança para Portugal, a distância não interrompeu o contato frequente entre eles.
“Falei para ele cuidar da minha família enquanto eu estivesse fora”, relatou Leonardo.
Segundo ele, Bruno foi adotado ainda bebê. Filho único, ele perdeu o pai quando era criança, mas morava com a mãe, que teria ficado em choque com a notícia da morte.
O amigo ainda recordou que Bruno tinha um “jeito único” de chegar nos lugares, sendo uma pessoa brincalhona e vaidosa. Com a morte repentina, ele encontrou conforto nas memórias positivas do colega.
Bruno Santos Alves, de 24 anos, estava em frente a uma adega, no bairro Anhanguera, em Praia Grande (SP), quando foi baleado — Foto: Reprodução/Redes Sociais
Conforme registrado em boletim de ocorrência, obtido pelo g1, policiais militares foram acionados para atender o caso, em 12 de maio, mas encontraram a vítima já no PS, onde foram informados sobre a bala ter acertado a coluna cervical dela.
Ainda de acordo com o registro no BO, testemunhas do crime descreveram aos agentes um carro que estaria envolvido no caso. Diante disso, uma equipe da Guarda Civil Municipal (GCM) localizou e abordou o veículo na cidade, no entanto, não encontrou nada de ilícito e o motorista foi liberado.
Outra testemunha ouvida pela polícia disse que estava dentro da adega quando ouviu o disparo. Ela relatou que foi até o local onde Bruno foi atingido e pediu ajuda para outros clientes, que o colocaram em um carro para levá-lo ao PS.
O velório de Bruno aconteceu no dia 6 de junho, na Unidade Maria do Carmo da Osan, no bairro Vila Antártica, em Praia Grande (SP). O sepultamento ocorreu em seguida, no Cemitério Morada da Grande Planície, também na cidade.
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