Aleyna Olmez, de 17 anos, foi retirada dos escombros em Kahramanmaraş, uma cidade do sul do país e próxima do epicentro do tremor.
“Nunca vamos esquecer vocês”, disse o tio da garota, chorando, e abraçando os socorristas.
Aleyna sobreviveu por 10 dias, ferida e com um clima bastante frio. Mas resgates como o dela estão se tornando cada vez mais raros.
O terremoto de magnitude 7.8 matou mais de 41 mil pessoas na Turquia e na Síria. Nenhum dos dois países revelou qual o número de desaparecidos.
Aleyna foi retirada das ruínas de um prédio de apartamentos, informou a emissora turca TRT Haber.
“Ela parecia estar bem de saúde. Ela abria e fechava os olhos”, disse Ali Akdogan, mineiro de carvão que participou do resgate, à agência de notícias AFP.
“Estamos trabalhando aqui neste prédio há uma semana… Ficamos felizes sempre que encontramos um ser vivo, até mesmo um gato”, acrescentou.
Mas as comemorações não duraram muito. Logo após o resgate, soldados turcos ordenaram que as pessoas deixassem o local, pois as equipes haviam encontrado cadáveres que logo seriam levados embora.
Na mesma cidade, três mulheres e duas crianças foram encontradas com vida na quarta-feira.
Na quinta-feira, a Organização das Nações Unidas (ONU) lançou um “apelo” por US$ 1 bilhão (R$ 5,2 bilhões) para ajudar as vítimas na Turquia.
O financiamento ajudará 5,2 milhões de pessoas nos próximos três meses e permitirá que organizações humanitárias “aumentem rapidamente” seu apoio, disse António Guterres, secretário-geral da ONU, em comunicado.
Já na Síria, a ONU afirmou que mais de 100 caminhões carregados com mantimentos cruzaram o noroeste do país desde que o governo sírio concordou em permitir que a ONU use mais duas passagens de fronteira.
A ajuda inclui tendas, cobertores, aquecedores, alimentos, remédios e kits de teste de cólera, disse a organização.
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Por: G1
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