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Os ataques acontecem dois dias após a fuga do líder dos Los Choneros, uma das facções criminosas mais temidas do país, da prisão onde cumpria uma pena de 34 anos.
Oliver Stuenkel: O crime organizado adaptou-se buscando países mais vulneráveis
Dois dias depois, homens armados invadiram uma universidade e os estúdios do canal de TV estatal TC Televisión, na cidade de Guayaquil, ao vivo, mantiveram pessoas como reféns e um dos invasores chegou a encostar uma arma no pescoço de um apresentador.
Cerca de duas horas depois do ataque, a Polícia Nacional do Equador afirmou em na rede social X (Twitter) que controlou a situação, capturou 13 pessoas que invadiram os estúdios e “estabeleceu a ordem”.
O presidente Daniel Noboa declarou 22 grupos como terroristas.
Gustavo, filho de Thiago Allan Freitas, afirmou, em vídeo nas redes sociais, que a família pagou parte do resgate e está desesperada por não ter o restante do dinheiro
O Itamaraty afirmou que mantém contato com os familiares e “busca apurar as circunstâncias do ocorrido junto às autoridades locais”.
Filho de brasileiro diz que pai foi sequestrado no Equador e pede ajuda nas redes sociais
O estado de exceção no Equador permite que as Forças Armadas vão às ruas apoiar o trabalho da polícia. O decreto é justificado pela grave comoção interna no país. O estado de exceção tem vigência de 60 dias. Nesse período, estão restritos os seguintes direitos no Equador:
Noboa está no cargo há menos de dois meses. Essa é a primeira vez que o presidente decretou estado de exceção.
Com a escalada da violência, Noboa também estabeleceu nesta terça-feira (9) o decreto de conflito armado, que autoriza a intervenção do Exército e da Polícia Nacional no país contra facções criminosas, e ainda:
Invasão de TV e ‘conflito armado interno’: entenda crise de segurança no Equador
Vizinho de Colômbia e Peru, o Equador é um dos dois únicos países da América do Sul que não fazem fronteira com o Brasil — o outro é o Chile.
O país foi batizado com o mesmo nome da linha imaginária que corta o planeta ao meio entre os hemisférios Norte e Sul. É banhado pelo oceano Pacífico, tem Quito como capital e o espanhol como língua oficial.
O país tem 18 milhões de habitantes, segundo a ONU, menos que todo o estado de Minas Gerais (20.5 milhões) e que a população da Grande São Paulo (cerca de 20 milhões).
Infográfico mostra onde fica o Equador — Foto: g1
O tema insegurança foi o mais citado em uma pesquisa feita pelo instituto AS/COA em julho de 2023, que perguntou aos eleitores o que eles consideravam mais importante na hora de escolher um candidato.
A taxa de homicídios no país em 2022 chegou a 25 mortes a cada 100 mil habitantes. O número é bem maior que a média de homicídios no mundo. Relatório da ONU de 2017 estimava uma média mundial de 6,1 mortos para cada 100 mil habitantes. O Brasil, considerado um país violento, teve média de 23,4 mortes por 100 mil habitantes em 2022.
O cientista político Maurício Santoro, em entrevista à GloboNews, disse que essa onda de violência gerou uma influência na política do Equador.
“O país se tornou uma rota muito importante para o tráfico de drogas na América Latina, que entra pelos portos equatorianos, atravessa a Amazônia e vai para a Europa e os Estados Unidos”, disse ele.
Também à GloboNews, Tanguy Baghdadi, professor de Relações Internacionais, falou sobre o avanço das milícias no Equador frente ao aumento da sensação de insegurança.
“O Equador passou recentemente por um processo de elevação muito grande da quantidade de pessoas [mortas] por cem mil mortos. […] A ponto de o então presidente, Guilherme Lasso, ter dado autorização, por exemplo, para que civis tomassem conta dos seus próprios bairros, o que é muito contestado dentro da própria política equatoriana, mas dá uma demonstração do nível de insegurança pelo qual os equatorianos passam.”
“E a gente sabe muito bem qual é o nome disso. Isso que o Guilherme Lasso autorizou, o nome disso é milícia. [É] você criar, portanto, milícias armadas para proteger sua própria vizinhança, uma vez que o poder público é incapaz de fazê-lo. Obviamente isso acaba tendo um impacto muito grande sobre duas classes: sobre a classe dos políticos e sobre a classe dos jornalistas. E o Fernando Villavicencio calhou de ser os dois.”
Por: G1
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Nas últimas horas, cidades do país registraram invasões, explosões e sequestros. A imprensa equatoriana fala em oito pessoas mortas e duas feridas na cidade de Guayaquil. Em Nobol, duas morreram. Diante disso, o governo autorizou que as Forças Armadas façam operações para neutralizar grupos criminosos. O governo pretendia transferir Fito e outros chefes de facções para uma prisão de segurança máxima.Após, a fuga de Fito, o presidente Noboa decretou estado […]
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Diego Soares
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