Ao todo, os promotores apresentaram 41 acusações, sendo 13 contra o ex-presidente, incluindo falsificação e extorsão. A formalidade não significa que os réus são culpados, mas indica que há indícios necessários para levá-los a julgamento.
“Trump e os outros réus acusados nesta acusação se recusaram a aceitar que Trump perdeu e, consciente e intencionalmente, se juntaram a uma conspiração para mudar ilegalmente o resultado da eleição em favor de Trump”, afirma a acusação.
A investigação que levou às acusações começou em fevereiro de 2021, após o vazamento do áudio de um telefonema entre Trump e Brad Raffensperger, secretário da Geórgia e principal funcionário eleitoral do estado.
Na ligação, o ex-presidente pediu a Raffensperger que encontrasse cerca de 12 mil cédulas com votos em seu nome, o que seria necessário para que ele ganhasse as eleições na Geórgia e levasse os 16 delegados do estado.
Nos Estados Unidos, cada estado tem um peso diferente na composição dos votos presidenciais, sendo que a eleição final é feita por um Colégio Eleitoral formado por delegados.
Pela tradição, os delegados que participam do Colégio Eleitoral votam no candidato que venceu a eleição em voto popular no estado ao qual representam. São necessários 270 delegados para vencer as eleições. Em 2020, Joe Biden teve 306, enquanto Trump, 232.
Liderada pela promotora Fani Willis, a apuração também investigou outras possíveis intromissões do ex-presidente nas eleições na Geórgia, além de supostas contribuições de seus apoiadores. Outras 18 pessoas foram acusadas formalmente.
Após a acusação formal, os réus terão até o meio-dia de 25 de agosto para se apresentarem voluntariamente à Justiça. Assim como já aconteceu em casos anteriores, quando se apresentar, Trump ouvirá formalmente as acusações e será liberado.
A campanha de Donald Trump divulgou uma nota momentos antes da acusação ser confirmada pela Justiça dos EUA. No comunicado, o ex-presidente acusa a promotora de tentar interferir na corrida presidencial de 2024.
O ex-presidente classifica as investigações e, também, os dois impeachments que sofreu na Câmara dos Deputados como uma “caça às bruxas”.
Documento mostra acusações contra Donald Trump — Foto: REUTERS/Julio-Cesar Chavez
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Por: G1
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