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Segundo ele, os mercados, postos de gasolina e bancos fecharam as portas para evitar danos, caso a situação escalonasse. Além disso, grandes congestionamentos se formaram na zona sul e no centro de La Paz.
“É muito complicado, muitos dizem que é um autogolpe, outros dizem que é um golpe militar, está tudo muito confuso”, disse ao g1.
Torrico conta que a população está acompanhando toda a situação pelas rádios, redes sociais e televisão, porém, ainda é difícil entender o que aconteceu. A falta de informações claras tem dado margem para teorias conspiratórias.
“Como fortalecer um presidente que enfrenta uma crise econômica? É só desviar o foco e convertê-lo em mártir. Como? Criando um autogolpe, com um comandante que já vai deixar o serviço ativo, com a respectiva remuneração financeira”, argumenta o engenheiro.
Ele se refere ao atual presidente boliviano, Luis Arce, que vem perdendo popularidade pela situação econômica do país e após serem descobertos casos de corrupção no governo. “Parece que foi algo encenado”, finaliza.
A tentativa de golpe provocou uma reação de pessoas em outras partes do país, na cidade de Cobija, na fronteira com o Acre, manifestantes fizeram uma motociata em apoio a Arce e se posicionando contra os golpistas. Um vídeo foi postado em redes sociais.
Manifestantes vão às ruas em apoio ao presidente boliviano após tentativa de golpe no país
A Bolívia sofreu nesta quarta-feira (26) uma tentativa de golpe de Estado liderada pelo ex-comandante do Exército do país. Tanques do Exército e militares armados chegaram a invadir o palácio presidencial, em La Paz, a antiga sede do governo que ainda funciona para atos protocolares.
A tentativa de golpe, segundo o governo, foi arquitetada pelo general Juan José Zuñiga, afastado do cargo de comandante do Exército após fazer ameaças ao ex-presidente Evo Morales — ele afirmou que prenderia Morales caso o ex-presidente volte ao poder.
Em pronunciamento, Luis Arce destituiu o general e os comandantes da Marinha e da Aeronáutica, nomeou novos chefes para as forças e ordenou a desmobilização das tropas.
Presidente da Bolívia denuncia golpe do Exército
O novo comandante do Exército nomeado pelo presidente boliviano desmobilizou as tropas, e os tanques começaram a se retirar do palácio presidencial e da praça Murillo, em frente ao palácio.
Zuñiga, que foi à praça Murillo disse a TVs locais que o movimento era uma “tentativa de restaurar a democracia” na Bolívia e de libertar prisioneiros políticos.
Presidente da Bolívia discute com comandante do Exército acusado de tentar golpe
A Suprema Corte da Bolívia também condenou a tentantiva de golpe e pediu à comunidade internacional que se mantenha “vigilante e apoio a democracia na Bolívia”.
O ex-presidente da Bolívia Evo Morales, que rompeu com Arce no ano passado mas faz parte do mesmo movimento do atual presidente, afirmou tratar-se de um golpe de Estado. Segundo Morales, um regimento rebeldo do Exército chegou a colocar francoatiradores em uma praça de La Paz.
Presidente da Bolívia diz que país sofre tentativa de golpe de estado
Veja onde ocorreu invasão de militares a palácio presidencial na Bolívia — Foto: Arte g1
Veja o que se sabe até agora sobre o episódio:
“Convocamos uma mobilização nacional para defender a democracia diante do golpe de Estado que o general Zuñiga está gestando”, disse Morales. “Não permitiremos que as Forças Armadas violentem a democracia e amedrontem o povo”.
Em comunicado, Zuñiga falou que “as coisas vão mudar”, embora não tenha confirmado o golpe de Estado.
“Os três chefes das Forças Armadas vieram expressar a nossa consternação. Haverá um novo gabinete de ministros, certamente as coisas vão mudar, mas o nosso país não pode continuar assim”, disse o general Juan José Zuniga a uma estação de televisão local.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou apoio a Luis Arce e disse condenar a tentativa de golpe.
“A posição do Brasil é clara. Sou um amante da democracia e quero que ela prevaleça em toda a América Latina. Condenamos qualquer forma de golpe de Estado na Bolívia e reafirmamos nosso compromisso com o povo e a democracia no país irmão”, declarou Lula.
O presidente de Honduras, atualmente na presidencia da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), também falou em golpe de estado e pediu uma reunião de emergência dos Estados membros — o Brasil é um deles.
Soldados bolivianos protegem palácio presidencial na Praça Murillo em La Paz, na Bolívia, em 26 de junho de 2024. — Foto: AP Photo/Juan Karita
A Organização dos Estados Americanos (OEA) condenou a movimentação e pediu respeito à democracia.
A ex-presidente da Bolívia, Jeanine Añez — de oposição a Arce — também condenou a movimentação dos militares.
“Repúdio total à mobilização de militares na praça Murillo (em frente ao palácio presidencial) pretendendo destruir a ordem constitucional”, disse. “Nós boliviamos defendemos a democracia”.
Em um comunicado em suas redes sociais, Arce também pediu que a democracia seja respeitada.
Nos últimos cinco anos, a Bolívia viveu diversos momentos de turbulência política.
Em 2019, o terceiro mandato de Evo Morales foi interrompido por um golpe de estado que se seguiu a um movimento de protesto e greves reunindo setores populares, de classe média e empresariais. Evo havia acabado de ser eleito no primeiro turno das eleições presidenciais, em outubro, para um quarto mandato –que não tinha cobertura institucional. Ele renunciou à presidência e deixou a Bolívia.
Após Morales deixar o cargo, Jeanine Áñez Chávez se autoproclamou presidente interina da Bolívia. Ela os apoiadores do golpe foram presos em 2021, junto com o ex-comandante do Exército boliviano Jorge Pastor Mendieta Ferrufino, que liderou o golpe em 2019, segundo a Agência Boliviana de Informação.
Em 2008 também houve tentativa de golpe, mas que fracassou. O governo da Bolívia denunciou o início de um “golpe civil” realizado pela oposição conservadora do Departamento de Santa Cruz, mas descartou a possibilidade de decretar um estado de sítio para diminuir a tensão política.
Arce e Evo Morales, que eram aliados, agora são adversários por causa das eleições presidenciais de 2025. Morales será o candidato do MAS.
A legenda governista que Morales lidera afastou Arce por ele se recusar a participar do congresso do (MAS), realizado entre terça e quinta-feira em Cochabamba.
Por: G1
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Na mensagem, a instituição informou que ordenou a instauração da investigação criminal contra o General Juan José Zúñiga, ex-comandante do exército e possível responsável por arquitetar a tentativa de golpe. Ele era o comandante-geral do exército do país, mas foi destituído do cargo ao afirmar que prenderia Evo Morales caso o ex-presidente, que vai concorrer às eleições no país em 2025, volte a se eleger. A instauração da investigação criminal […]
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Diego Soares
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