O ataque, com uma série de mísseis de alta precisão a grandes distâncias fornecidos pelos Estados Unidos e pela Europa, aconteceu durante uma reunião de altos cargos no quartel-general (leia mais abaixo), o que pode explicar o grande número de oficiais mortos.
“Trinta e quatro oficiais, entre eles o comandante da frota russa do mar Negro, morreram em consequência do ataque”, afirmou o Exército ucraniano em comunicado. “Outros 105 (militares russos) ocupantes ficaram feridos. O prédio do quartel-general não pode ser reparado”.
O quartel-general da frota russa no mar Negro fica no centro da cidade de Sebastopol, dentro da Crimeia, a península ucraniana invadida e anexada pela Rússia em 2014. Desde então, Sebastopol virou uma espécie de balneário para turistas russos – alguns deles até gravaram o momento em que os mísseis atingiram o quartel-general (veja vídeo acima).
A Rússia não havia se pronunciado sobre as supostas mortes até a última atualização desta notícia, mas é de praxe que Moscou não fale sobre baixas militares na guerra da Ucrânia. Na sexta-feira (22), dia do ataque, o Kremlin falou em um militar morto no bombardeio.
Falhas na defesa antiaérea russa
Quartel-general bombardeado fica no centro de Sebastopol, muito frequentado por turistas. — Foto: g1/ arte
Independentemente do número de mortos, o ataque ucraniano colocou holofotes sob uma suposta falha na defesa antiaérea da Rússia. Desde o início da guerra, o Kremlin afirma com frequência ter uma dos melhores sistemas de interceptação de ataques aéreos do mundo.
O Instituto de Estudos da Guerra, um think tank dos Estados Unidos, aponta para a possibilidade de que uma parte significativa desse arsenal de defesa possa já ter sido destruída durante a guerra da Ucrânia.
Isso explicaria o fato de quem a Ucrânia vem conseguindo atacar alvos ucranianos com mísseis, e não mais apenas drones.
Em paralelo, relatórios feitos por serviços de inteligência do Ocidente apontam também a possibilidade de que Kiev esteja fazendo ataques mais “midiáticos” para compensar o avanço tímido de sua operação de contraofensiva no front de batalha.
Desde o fim do ano passado, o Exército ucraniano tenta recuperar o território de seu país ocupado pelas tropas russas após o início da guerra, em fevereiro de 2023. Segundo Instituto para o Estudo da Guerra, cerca de 20% do território ucraniano está atualmente ocupado por tropas russas, a maioria no leste e no sul do país.
Todos os créditos desta notícia pertecem a
G1 Mundo.
Por: G1
Esta notícia é de propriedade do autor (citado na fonte), publicada em caráter informativo. O artigo 46, inciso I, visando a propagação da informação, faculta a reprodução na imprensa diária ou periódica, de notícia ou de artigo informativo, publicado em diários ou periódicos, com a menção do nome do autor, se assinados, e da publicação de onde foram transcritos.
Publicar comentários (0)