É um projétil de pequeno diâmetro e alta precisão. Em seu site, a Saab afirmou que a precisão dos GLSDB é tão grande que podem atingir a roda de um pneu. A sigla GLSDB significa, em inglês, bomba de pequeno diâmetro lançada a partir do chão.
Os Estados Unidos anunciaram em fevereiro que forneceriam os equipamentos GLSDB para a Ucrânia, depois de a Ucrânia ter sofrido uma onda de ataques que atingiu suas cidades e as construções para abastecimento e a distribuição de água, gás, energia elétrica etc.
No entanto, não foi divulgado um cronograma para as entregas e algumas fontes estimaram que levaria vários meses. Não havia, até o momento, confirmação de que os ucranianos já tinham recebido essas armas.
Foram os russos que afirmaram que derrubaram um foguete GLSDB, além de 18 Himars (veja mais abaixo).
Um casal perto de carro queimado e de prédio destruído após um ataque na cidade de Sloviansk, na Ucrânia, em 27 de março de 2023 — Foto: Aris Messinis/AFP
Arma essencial para contraofensiva
A Ucrânia considera que esse tipo de armamento é crucial para uma contraofensiva. O governo ucraniano não forneceu informações sobre o emprego desse tipo de foguete.
Inicialmente, os países ocidentais hesitaram em fornecer sistemas de alcance mais longo à Ucrânia, devido aos temores de que esses armamentos fossem utilizados para atacar o território russo. Os ucranianos prometeram não fazer isso —eles dizem que só vão usar as armas nas regiões da própria Ucrânia que os russos dominaram desde o começo da guerra.
A Ucrânia tem repetido que precisa deste tipo de munição para destruir as linhas de suprimento russas e contrabalançar sua falta de tropas e equipamentos. Isso possibilitaria uma contraofensiva no sul e leste do país.
Em junho de 2022, o exército ucraniano recebeu um outro tipo de equipamento lançador de foguetes de alta precisão, os Himars, que têm alcance de até 80 quilômetros.
Isso permitiu aos ucranianos atacar as reservas do exército russo e, entre setembro e novembro, os ucranianos conseguiram retomar amplos territórios do sul e nordeste da Ucrânia.
Em resposta aos Himars, os russos levaram suas reservas de munição para mais longe do front.
Além das munições, desde o início do conflito, em fevereiro de 2022, a Ucrânia tem insistido em que precisa de centenas de tanques pesados.
Os países ocidentais prometeram enviar tanques de guerra, mas o número de envios parece estar aquém das expectativas dos ucranianos.
Na segunda-feira, o ministro da Defesa da Ucrânia, Oleksiy Reznikov, anunciou ter recebido um arsenal de tanques britânicos Challenger, veículos blindados americanos Stryker e Cougar e veículos alemães Marder.
Para a Rússia, o envio de armas ocidentais é uma prova de que os EUA e a Europa estão travando uma guerra indireta contra a Rússia.
Em resposta a essa ajuda, a Rússia anunciou que implantará armas nucleares táticas em Belarus, país vizinho da Ucrânia que emprestou seu território para a invasão russa, embora não participe do combate.
Belarus confirmou, nesta terça-feira, que abrigará armas nucleares táticas, ainda que tenha dito que seu exército não terá controle sobre o arsenal.
Além disso, o Ministério das Relações Exteriores belorrusso afirmou que isso “não contradiz de forma alguma os artigos I e II do Tratado de Não Proliferação Nuclear”.
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