Reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre o conflito entre Israel e Hamas, na última sexta (13), em Nova York — Foto: UN Photo/Rick Bajornas
O comunicado final que o Brasil apresentará nesta segunda-feira (16) ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) condena os ataques terroristas do Hamas e cobra de Israel o fim do bloqueio à Faixa de Gaza.
O Conselho de Segurança – presidido temporariamente pelo Brasil – fará a primeira reunião aberta para discutir a guerra entre Hamas e Israel, com transmissão pelo site da ONU, a partir das 19h pelo horário de Brasília.
No texto final, que será votado pelos membros do conselho, o governo brasileiro critica ações de Israel sem mencionar o nome do país – uma versão anterior do texto, ainda em rascunho, pedia “às autoridades israelenses que rescindam imediatamente a ordem para que civis e equipes da ONU deixassem o norte de Gaza”.
A nova versão excluiu o nome de Israel desse trecho e opta por termos como “todos os lados”; “todas as formas de violência” e “todos os atos de terrorismo”.
O documento enumera 11 pontos. Entre eles:
- A condenação “inequívoca dos ataques terroristas hediondos perpetrados pelo Hamas que tiveram lugar em Israel a partir de 7 de outubro de 2023 e a tomada de reféns civis”;
- O apelo, sem mencionar nomes, à “libertação imediata e incondicional de todos os reféns civis, exigindo a sua segurança, bem-estar e tratamento humano, em conformidade com o direito internacional”;
- O apelo “ao respeito e à proteção, em conformidade com o direito humanitário internacional, de todo o pessoal médico e do pessoal humanitário exclusivamente envolvido em tarefas médicas, dos seus meios de transporte e equipamento, bem como dos hospitais e outras instalações médicas”;
- A decisão de “continuar envolvido na questão”.
O texto não menciona medidas concretas – como uma missão de paz ou qualquer tipo de intervenção. Diz apenas apelar “a pausas humanitárias para permitir o acesso humanitário rápido, seguro e sem entraves às agências da ONU…”
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