O confronto, cujas imagens circulam nas redes sociais, aconteceu no sábado (5) após o funcionário de um deque do rio Alabama, negro, pedir para que os passageiros brancos de uma lancha estacionada irregularmente deixassem o local para que uma barca pudesse atracar.
Como a lancha havia atracado em um ponto não permitido, a barca não conseguia encostar no deque para descarregar os passageiros. Ao ser chamado a atenção pelo funcionário negro, o grupo de brancos então o atacou com socos e chutes.
Em seguida, pessoas negras que estavam na barca correram para defender o funcionário e iniciaram um confronto. Durante a briga, o piloto da lancha, que iniciou a agressão, levou socos e foi atingido por uma cadeira. Uma mulher branca foi empurrada no rio.
Minutos depois, a polícia chegou e deteve pessoas dos dois lados envolvidas no conflito.
Mas moradores locais que estavam no deque, usuários de redes sociais e até o prefeito da cidade, Steven Reed, criticaram os passageiros da lancha.
“Vários indivíduos imprudentes atacaram um homem que estava fazendo seu trabalho”, disse Reed em suas redes sociais, em referência ao grupo de brancos que agrediu o funcionário negro.
Histórico de conflitos na cidade
O caso reacendeu também conflitos raciais na cidade, que é um dos marcos na mudança de leis racistas nos Estados Unidos. Foi em Montgomery que, em 1955, a norte-americana negra Rosa Parks se negou a levantar de seu assento em um ônibus para dar lugar a um passageiro branco, desobedecendo uma lei que separava brancos e negros no transporte público no Alabama.
Parks foi presa, mas o ato foi o estopim para uma série de protestos que culminaram na derrubada dessa e de outras leis racistas em todo o país.
“Estávamos naquele cais não apenas em defesa de um irmão sob ataque, mas em defesa de todos nós. Todos nós sob ataque”, opinou o jornalista Roy S. Johnston, integrante do movimento negro da cidad,e no site de notícias local al.com.
A polícia do Alabama disse que os detidos na brigada do deque foram liberados, mas quatro deles, de ambos os grupos, foram indiciados por agressão. O caso está em investigação para saber se houve crime de racismo.
Todos os créditos desta notícia pertecem a
G1 Mundo.
Por: G1
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