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Entenda, a partir dos 5 pontos abaixo, o que está acontecendo no Equador:
OEA e líderes internacionais condenam assassinato de candidato à Presidência no Equador
Vizinho de Colômbia e Peru, o Equador é um dos dois únicos países da América do Sul que não fazem fronteira com o Brasil — o outro é o Chile.
O país foi batizado com o mesmo nome da linha imaginária que corta o planeta ao meio entre os hemisférios Norte e Sul. É banhado pelo oceano Pacífico, tem Quito como capital e o espanhol como língua oficial.
Como explicado por Ariel Palacios, o Equador se transformou em um ponto de escoamento de droga de seus vizinhos.
As eleições presidenciais no Equador deveriam ocorrer apenas em 2025, mas foram antecipadas após Lasso, o atual presidente, convocar uma cláusula da Constituição e dissolver o Parlamento, em maio passado.
Pela lei da “Morte Cruzada”, ao dissolver o Parlamento, Lasso estava obrigado a convocar novas eleições presidenciais, que foram marcadas para 20 de agosto.
Lasso citou à época a grave crise política do Equador e a turbulência doméstica como razões para a medida. Ao jornal “The Washington Post”, o presidente disse que não participaria da disputa e que não se importava com quem seria seu sucessor.
Fernando Villavicencio, o 5º colocado nas pesquisas, foi o candidato morto. Ele tinha 59 anos, era casado e tinha 5 filhos. Como candidato à presidência, defendia o combate à corrupção.
Como jornalista, Villavicencio foi responsável por revelar casos de corrupção no governo do Equador. Em uma das reportagens, ele acusou o ex-presidente Rafael Correa de crimes contra a humanidade. Correa foi condenado a 8 anos de prisão por corrupção, alega sofrer perseguição política e hoje vive exilado na Bélgica.
Por causa desse caso em que Correa era apontado por crimes contra a humanidade, Villavicencio foi condenado a 18 meses de prisão, em 2014, acusado de injúrias contra o ex-presidente. O candidato morto chegou a receber asilo político no Peru e dizia ser perseguido por Correa.
Durante o exílio, Villavicencio continuou investigando casos de corrupção, incluindo um suposto prejuízo milionário ao Equador com a venda de petróleo para a China e a Tailândia. O caso ficou conhecido como “Petrochina”.
Villavicencio foi membro da Assembleia Nacional do Equador entre 2021 e 2023. Ele se declarava defensor das causas sociais indígenas e dos trabalhadores, e foi líder sindical.
Autor de 10 livros, Villavicencio também lançou portais de notícias no Equador, até entrar na vida política.
O suspeito de disparar contra Villavicencio foi morto pouco depois do crime. Até a publicação desta reportagem, as motivações do crime não haviam sido esclarecidas pelas autoridades.
Segundo a rede estatal britânica BBC, cerca de 8 mil pessoas fazem parte do grupo, que é dissidente da facção Los Cocheros (braço do Cartel de Sinaloa no Equador).
Envolvidos com tráfico internacional de cocaína, o grupo Los Lobos também esteve envolvido em mortes brutais dentro de presídios no Equador recentemente.
Em maio de 2022, essa facção foi responsável por uma rebelião que deixou 43 mortos em um presídio de Santo Domingo.
Ariel Palacios: Equador tem um dos maiores índices homicídios da América Latina
O tema insegurança foi o mais citado em uma pesquisa feita pelo instituto AS/COA em julho, que perguntou aos eleitores o que eles consideravam mais importante na hora de escolher um candidato.
A taxa de homicídios no país em 2022 chegou a 25 mortes a cada 100 mil habitantes. O número é bem maior que a média de homicídios no mundo. Relatório da ONU de 2017 estimava uma média mundial de 6,1 mortos para cada 100 mil habitantes. O Brasil, considerado um país violento, teve média de 23,4 mortes por 100 mil habitantes em 2022.
Há cerca de duas semanas, um prefeito foi assassinado no país. O cientista político Maurício Santoro, em entrevista à GloboNews, disse que essa onda de violência gerou uma influência na política do Equador.
“O país se tornou uma rota muito importante para o tráfico de drogas na América Latina, que entra pelos portos equatorianos, atravessa a Amazônia e vai para a Europa e os Estados Unidos”, disse ele.
Também à GloboNews, Tanguy Baghdadi, professor de Relações Internacionais, falou sobre o avanço das milícias no Equador frente ao aumento da sensação de insegurança.
“O Equador passou recentemente por um processo de elevação muito grande da quantidade de pessoas [mortas] por cem mil mortos. […] A ponto de o próprio presidente, Guilherme Lasso, ter dado autorização, por exemplo, para que civis tomassem conta dos seus próprios bairros, o que é muito contestado dentro da própria política equatoriana, mas dá uma demonstração do nível de insegurança pelo qual os equatorianos passam.”
“E a gente sabe muito bem qual é o nome disso. Isso que o Guilherme Lasso autorizou, o nome disso é milícia. [É] você criar, portanto, milícias armadas para proteger sua própria vizinhança, uma vez que o poder público é incapaz de fazê-lo. Obviamente isso acaba tendo um impacto muito grande sobre duas classes: sobre a classe dos políticos e sobre a classe dos jornalistas. E o Fernando Villavicencio calhou de ser os dois.”
Por: G1
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