Um acordo com a Justiça dos EUA tirou Assange, o fundador do WikiLeaks, da prisão na segunda-feira (24). Ele é acusado de vazar milhares de documentos confidenciais dos Estados Unidos e estava preso desde 2019 no Reino Unido.
Uma vez nas Ilhas Marianas do Norte, um território dos EUA no Oceano Pacífico, ele vai se apresentar à Justiça americana.
Voo de Julian Assange decola de Bangkok rumo às Ilhas Marianas do Norte — Foto: Reprodução/FlightRadar24
Como parte do acordo, Assange vai se declarar culpado nesta semana por violar a lei de espionagem dos EUA, segundo documento emitido pela Justiça dos EUA. Ele assumirá uma acusação criminal — de conspiração para obter e divulgar documentos classificados de defesa nacional dos EUA — em audiência nas Ilhas Marianas do Norte às 20h de terça-feira no horário de Brasília.
Aeronave que leva Julian Assange até as Ilhas Marianas do Norte taxia em aeroporto de Bangkok após escala para reabastecimento — Foto: Athit Perawongmetha/Reuters
Na audiência, o fundador do WikiLeaks deve ser sentenciado a 62 meses de prisão, tempo que ele já cumpriu no Reino Unido. Após se declarar culpado e passar pela audiência, Assange estará oficialmente liberado e espera-se que ele volte para a Austrália, país do qual é cidadão.
Julian Assange ficou mundialmente conhecido por fundar um grupo de ativistas chamado WikiLeaks, em 2006. Nos anos seguintes, a organização vazou cerca de 700 mil documentos classificados dos Estados Unidos, o que irritou autoridades norte-americanas.
Julian Assange desde de avião durante escala em Bangkok — Foto: Reprodução/WikiLeaks
Diante disso, Assange enfrentou várias acusações e chegou a ficar sete anos asilado na Embaixada do Equador em Londres, antes de ser preso. Ele será oficialmente libertado após anos de batalhas judiciais e um acordo com os Estados Unidos.
Caso fosse extraditado para os EUA, ele poderia ser condenado a até 175 anos de prisão.
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Por: G1
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