Condomínio Solaris, em Guarujá, SP, onde localiza-se triplex atribuído a Lula — Foto: g1 Santos
O triplex que já foi atribuído ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em Guarujá, no litoral de São Paulo, foi sorteado na noite de sábado (28) com base na Loteria Federal da Caixa. Segundo apurado pelo g1, um morador do Jardim Iguatemi, na capital paulista, foi o sortudo e ganhou o prêmio milionário. O número sorteado foi 0196198.
A empresa ‘Pancadão de Prêmios’ informou ao g1, neste domingo (29), que começará o processo para a entrega do imóvel ao vencedor nesta segunda-feira (30). A identidade do novo proprietário do imóvel não foi divulgada.
A campanha para sortear o triplex avaliado em R$ 3 milhões foi iniciada em 20 de novembro de 2021. Os candidatos a dono do imóvel precisaram pagar uma mensalidade de R$ 19,90 ao mês para participar do sorteio até 23h59 de sexta-feira (27).
O apartamento 164-A de três andares, no Condomínio Solaris, está localizado na Avenida General Monteiro de Barros, 638, no bairro Vila Luis Antonio, em Guarujá.
Em entrevista ao g1 em abril, o ex-proprietário, Fernando Gontijo, comentou sobre a visibilidade do imóvel. Segundo ele, a propriedade faz parte da história do Brasil.
“Ele tem um valor não só do ponto de vista do mercado imobiliário, mas também outro, que a gente não consegue nem mensurar, por conta de toda a sua fama. Ele desperta curiosidade na maioria das pessoas”, declarou à época.
empresário Fernando Costa Gontijo, que comprou o triplex na praia do Guarujá (SP) atribuído ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva — Foto: Fernando Costa Gontijo/Arquivo pessoal; g1 santos
O juiz Sérgio Moro ordenou a venda do triplex em leilão público realizado em janeiro de 2018. O ex-presidente Lula, por sua vez, foi condenado em duas instâncias no processo que envolve o imóvel. Em primeira instância, a pena fixada foi de 9 anos e 6 meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e de lavagem de dinheiro. Na segunda, foram 12 anos e 1 mês de prisão, com início em regime fechado.
Lula foi acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) de receber propina da empreiteira OAS. A suposta vantagem, no valor de R$ 2,2 milhões, teria saído de uma conta de propina destinada ao partido do político, o PT, em troca do favorecimento da empresa em contratos na Petrobras.
Lula nega as acusações e afirma ser inocente. Em dezembro de 2021, a Procuradoria da República no Distrito Federal pediu o arquivamento do caso, apontando para a prescrição – fim do prazo para punição – dos supostos crimes cometidos pelo ex-presidente.
A manifestação foi motivada pela decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que em abril considerou suspeita a atuação do ex-juiz Sérgio Moro no caso e anulou a condenação de Lula. Assim, a investigação foi encaminhada para a Justiça Federal, em Brasília.
Tríplex de ex-presidente foi ocupado em manifestação à sua prisão em 2018 — Foto: Solange Freitas/G1
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