O príncipe herdeiro saudita Mohammed Bin Salman disse em uma entrevista à Fox News, este mês, que o reino estava se aproximando cada vez mais dos laços normalizados com Israel. Ele falou sobre a necessidade de Israel “aliviar a vida dos palestinos”, mas não fez menção ao Estado palestino.
Os palestinos poderiam diminuir algumas restrições israelenses, mas esses movimentos ficariam aquém de suas aspirações por um Estado. Como em outros acordos árabe-israelenses forjados ao longo das décadas, a principal demanda palestina por Estado ficaria em segundo plano, disseram fontes regionais familiarizadas com as negociações.
A normalização será entre Israel e Arábia Saudita.
– Se os palestinos se opuserem, o reino continuará em seu caminho – disse uma das fontes regionais.
A Arábia Saudita apoia um plano de paz para os palestinos, mas desta vez queria algo para a Arábia Saudita, não apenas para os palestinos.
Em um movimento sem precedentes, a Arábia Saudita transmitiu o discurso do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, na ONU. No qual falou sobre como os dois países estavam à beira da normalização histórica. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu acrescentou que também se reuniu com 20 chefes de Estado que procuravam fortalecer seus laços com Israel.
Não obstante, o presidente palestino Mahmoud Abbas disse que qualquer barganha deve reconhecer o direito palestino a um estado dentro das fronteiras de 1967, incluindo Jerusalém Oriental, e deve parar a construção de assentamentos israelenses. No entanto, todas as fontes disseram que é improvável que um acordo entre a Arábia Saudita e Israel resolva problemas históricos. Entretanto, Riyadh prometeu ajuda financeira à AP, disseram diplomatas e fontes.
A paz saudita com Israel depende do pacto de defesa com os EUA?
A Arábia Saudita está determinada a garantir um pacto militar exigindo que os Estados Unidos defendam o reino em troca de abrir laços com Israel, disseram três fontes regionais familiarizadas com as negociações.
Mas todas as fontes afirmaram que a Arábia Saudita não aceitaria garantias menos vinculativas da proteção dos EUA se enfrentasse ataques, como o 14 de setembro – ataques de mísseis de 2019 em seus locais de petróleo que sacudiram os mercados mundiais. Riyadh e Washington culparam o Irã, o rival regional de Israel e do reino.
Acordos que protegem o maior exportador de petróleo do mundo, em troca da normalização com Israel, remodelariam o Oriente Médio reunindo dois inimigos de longa data e ligando Riyadh a Washington após incursões da China na região. Para Biden, seria uma vitória diplomática antes da eleição de 2024 nos EUA.
Já fonte em Washington informou que a Arábia Saudita poderia ser designada como um Aliado Não OTAN, um passo que há muito tempo era considerado. Esse status, que vários estados árabes como o Egito têm, vem com uma série de benefícios, como treinamento.
Em entrevista à ABC News, o secretário de Estado americano, Antony Blinken, disse que a normalização entre Arábia Saudita e Israel seria um “evento transformador”.
– Unir esses dois países em particular teria um efeito poderoso na estabilização da região, na integração da região, na aproximação das pessoas, na prevenção de conflitos entre elas – assinalou Blinken.
Portanto, além do sucesso dos Acordos de Abraão, sinônimo de paz, iluminando uma nova realidade no Oriente Médio que trará prosperidade, segurança e estabilidade para todos – iminentemente, a Arábia Saudita continuará normalizando as relações com Israel, independentemente da oposição palestina – farol de esperança para toda região.
Lawrence Maximo é cientista político, analista internacional de Israel e Oriente Médio, professor e escritor. Mestrando em Ciência Política: Cooperação Internacional (ESP), Pós-Graduado em Ciência Política: Cidadania e Governação, Pós-Graduado em Antropologia da Religião e Teólogo. Formado no Programa de Complementação Acadêmica Mastership da StandWithUs Brasil: história, sociedade, cultura e geopolítica do Oriente Médio, com ênfase no conflito israelo-palestino e nas dinâmicas geopolíticas de Israel. Escreve artigos para o jornal Gazeta do Povo.
* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.
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