Monitoramento, realizado por meio de vistorias diárias, é realizado ao longo de todo o ano; objetivo é acompanhar feições de instabilidade e estreitar os laços com as comunidades
Todos os dias, faça chuva ou sol, geólogos e agentes da Defesa Civil de Guarujá realizam o monitoramento das áreas de risco da Cidade. As vistorias, que englobam subir ao menos 10 morros por semana, fazem parte de uma rotina diária externa a fim de acompanhar até mesmo as pequenas mudanças geológicas de cada área e ter um contato direto com as comunidades. O trabalho, realizado durante todo o ano, é um diferencial adotado no Município, que neste momento também coloca em prática o Plano Preventivo de Defesa Civil (PPDC), junto à Defesa Civil do Estado de São Paulo.
As equipes reforçam as informações do material impresso distribuído, alertando sobre os cuidados básicos durante chuvas e deslizamentos. “Por meio das visitas, observamos as feições de risco no local, como trincas, rachaduras, inclinação de postes, muros ou cercas e outras instabilidades do terreno. Mas, principalmente, estreitamos nosso laço com a comunidade para trabalharmos em parceria e, juntos, prevenirmos desastres”, explica o geólogo municipal.
O objetivo principal das ações preventivas da Defesa Civil de Guarujá é evitar mortes e minimizar os danos na época de chuvas intensas, por meio de um trabalho realizado ao longo de todo o ano. Em fevereiro de 2023, Guarujá foi castigada com 400 milímetros de chuvas ininterruptas em apenas 24 horas, superior à média prevista para todo aquele mês, que era de 234 milímetros. Desde a década de 50 que o Município não recebia um volume de chuvas tão forte em curto espaço de tempo e, apesar disso, a Cidade não registrou vítimas.
Atualmente, fruto de uma parceria com o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Município possui 15 estações com pluviômetros automáticos, que cobrem 143 km² de extensão da Ilha de Santo Amaro, monitorando as áreas de risco geológico e áreas suscetíveis a alagamentos, enchentes e inundações em tempo real. Além disso, conta também com uma plataforma de coleta de dados geotécnicos (que medem a umidade do solo) na região da Vila Baiana e na APA da Serra do Guararu.
O coordenador da Defesa Civil de Guarujá, explica que a Cidade intensifica e atualiza constantemente todas as ações. “Utilizamos equipamentos que monitoram as condições meteorológicas e auxiliam no planejamento de ações de resposta, mas trabalhamos também com a visita ao local, batendo de porta em porta e conversando e alertando as pessoas. Trabalhamos muito na ideia de aumentar a percepção do risco por parte da comunidade”.
Novidade
Este ano, de maneira experimental, a Defesa Civil Estadual está implantando o Sistema de Alerta Remoto (SISAR), que conta com a instalação de uma sirene na Barreira do João Guarda, em Guarujá. Outra importante contribuição será a criação do Núcleo de Proteção e Defesa Civil (NUPDEC) nesta comunidade, nos moldes da iniciativa realizada com êxito na Prainha Branca.
Chuvas
Esta semana, já foram realizadas vistorias preventivas nos sopés dos morros Pedreira, Canta Galo, Barreira do João Guarda, Mirante da Campina, Península e Mirante das Galhetas, com um cronograma de outras visitas até o final desta semana, sem contar os atendimentos às ocorrências de emergência. As vistorias são fotografadas em aspectos que forem entendidos como mais relevantes pelas equipes.
Os critérios utilizados pelos agentes da Defesa Civil se baseiam em três pilares: previsão meteorológica diária, leitura de dados de chuva, em tempo real, e vistoria de campo.
Caso queira receber alertas, basta se cadastrar gratuitamente enviando o CEP de interesse, por SMS, para o número 40199 ou baixe o aplicativo AlertaSP, disponível para IOS e Android. Em caso de emergência, avise imediatamente a Defesa Civil pelo número 199 ou o Corpo de Bombeiros (193).
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