Com a confirmação da reeleição de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos, na última quarta-feira (6), Israel parece receber com alívio a notícia. Especialistas afirmam que a relação entre Washington e Tel Aviv deve se fortalecer, em especial sob a liderança do premiê israelense Benjamin Netanyahu, um dos grandes entusiastas de Trump, que declarou que o retorno do aliado é “o maior retorno da história”.
Netanyahu, junto aos defensores da causa israelense, enxerga em Trump um apoio “incondicional”. Esse entusiasmo é motivado pelo histórico do republicano: durante seu primeiro mandato, Trump reconheceu Jerusalém como a capital de Israel e transferiu a embaixada americana para a cidade. Ele também reconheceu a soberania israelense sobre as Colinas de Golã, uma área de disputa internacional sob domínio de Israel desde 1967.
Em sua política externa, Trump promoveu os Acordos de Abraão, que estabeleceram relações diplomáticas entre Israel e vários países árabes, reforçando a posição de segurança do país no Oriente Médio. Yonatan Freeman, especialista da Universidade Hebraica, afirma que “levando em consideração o que Trump disse e fez, espera-se que seja mais duro com o Irã”, um inimigo comum dos EUA e Israel.
Apesar dos pontos positivos, alguns especialistas, como Yossi Mekelberg, ressaltam que a postura imprevisível de Trump pode gerar tensão. “Às vezes é preferível lidar com pessoas previsíveis, mesmo que você não goste delas”, destacou Mekelberg, apontando que em 2020, Trump expressou insatisfação com Netanyahu após o primeiro-ministro parabenizar Joe Biden por sua vitória.
Os desafios da nova administração de Trump incluem a relação com o Irã e a continuidade dos acordos de paz na região. Ainda assim, para Israel, o retorno do republicano à Casa Branca representa uma promessa de fortalecimento das alianças e apoio em questões cruciais de segurança e reconhecimento internacional, elevando as expectativas de Netanyahu e de seu governo conservador.
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