20 pessoas morreram e mais de 280 ficaram feridas em uma explosão, nesta segunda-feira (25), em um depósito de combustíveis em Nagorno-Karabakh, informaram nesta terça-feira as autoridades separatistas armênias.
“Infelizmente, não foi possível salvar as vidas de sete pacientes, que morreram no hospital. Dezenas de pacientes permanecem em estado crítico”, afirmaram as autoridades separatistas em um comunicado.
Treze corpos não identificados foram encontrados no depósito.
Feridos pela explosão em depósito de combustíveis são atendidos em Nagorno-Karabakh — Foto: Ministério da Defesa da Rússia via REUTERS
A explosão aconteceu na noite de segunda-feira, em meio a um êxodo de civis dessa região que na última semana foi alvo de uma operação militar azerbaijana.
A região conhecida como Nagorno-Karabakh, embora geograficamente localizada dentro do território do Azerbaijão, possui uma população majoritariamente étnica armênia, o país vizinho.
Com um conflito iniciado em 1991 e encerrado em 1994, os separatistas da região instituíram um governo autônomo não reconhecido internacionalmente.
No entanto, em 2020, o Azerbaijão conseguiu retomar partes do território, culminando na recuperação total na operação da última semana.
O governo azerbaijano prometeu respeitar os direitos da população etnicamente armênia e restaurar o acesso à única via que liga a região ao país vizinho, fechada 10 meses atrás.
Milhares de habitantes de Nagorno-Karabakh fugiram para a Armênia em carros e ônibus.
Refugiado na região de Nagorno-Karabakh segura criança pequena no colo diante de carro com malas amarradas no teto — Foto: Irakli Gedenidze/REUTERS
O governo de Yerevan informou nesta terça-feira que já recebeu mais 13.000 refugiados.
Num discurso à nação neste domingo, o primeiro-ministro armênio, Nikol Pashinyan, disse que o seu governo estava conversando com parceiros internacionais para proteger os direitos e a segurança dos armênios em Nagorno-Karabakh.
“Se estes esforços não produzirem resultados concretos, o governo acolherá com todo o cuidado as nossas irmãs e irmãos de Nagorno-Karabakh na República da Armênia”, disse ele.
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Por: G1
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