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Jair Bolsonaro, um mártir político

today20 de janeiro de 2025 1

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Marisa Lobo – 20/01/2025 14h14

Jair Bolsonaro Foto: EFE/ Sebastiao Moreira

Nos recentes acontecimentos relacionados à política brasileira, as decisões do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negando o passaporte ao ex-presidente Jair Bolsonaro, até para atender um convite oficial para a posse do presidente dos Estados Unidos, Trump, têm despertado debates fervorosos sobre suas implicações políticas. Aos olhos de muitos, tais ações podem não apenas limitar as atividades internacionais de Bolsonaro, mas também contribuir significativamente para a construção de sua imagem como um mártir político.

O povo tem claramente uma percepção de perseguição política e pessoal


Para os apoiadores de Bolsonaro, as sucessivas decisões judiciais contrárias têm sido vistas como uma forma de perseguição política e pessoal.

Quando uma figura pública enfrenta restrições que seus seguidores percebem como injustas ou excessivas, isso tende a reforçar sua base de apoio. No afã de vingança pessoal o “STF” torna Bolsonaro vítima de um sistema opressor e não entendeu que essa perseguição é poderosa o suficiente para transformar um político em símbolo de resistência, e é isso que Bolsonaro tem se tornado “Símbolo da Resistência”.

Negação do passaporte e relações internacionais


A negação do passaporte a Jair Bolsonaro, especialmente para eventos de grande visibilidade, como a posse de figuras políticas de outros países, no caso específico, a de Donald Trump, traz consigo implicações que transcendem as fronteiras nacionais. Tal restrição tem sido vista, no Brasil, e no mundo, como um obstáculo nas relações internacionais, complicando potenciais diálogos diplomáticos e afetando a percepção do Brasil no cenário global.



Quando líderes internacionais demonstram interesse em se encontrar, a impossibilidade de um deles participar, por vingança pessoal política de um membro do STF está sendo interpretada como um embaraço diplomático, com possíveis repercussões futuras.

Moraes está consolidando o fenômeno, está consolidando o mito


Historicamente, a figura do mártir não é nova na política global. Quando um líder popular é aparentemente subjugado por forças externas ou pelo próprio aparato estatal, como é o caso do Bolsonaro, ele frequentemente emerge ainda mais forte junto ao seu eleitorado. Esse processo ocorre independentemente das razões subjacentes para as ações estatais, alimentando a polarização e, às vezes, criando um “mito” em torno de sua figura.

Obrigada, Moraes, o “Mito” se consolidou com a sua ajuda.

Mas vamos falar das implicações políticas


A transformação de Bolsonaro em um mártir tem impactos profundos na política brasileira. Por um lado, está aumentando a resistência contra instituições vistas como autoritárias, enquanto, por outro, reforça o apoio a seus projetos políticos. Isso também pode complicar ainda mais o cenário político já polarizado, dificultando o diálogo entre diferentes esferas ideológicas.

Parabéns ao STF; eles sim dividiram o país em ditadores, censuradores e patriotas.

Reflexões finais


O caso de Bolsonaro não é isolado, mas parte de um fenômeno mais amplo no qual líderes populares, ao se depararem com restrições, podem ganhar força de maneiras imprevistas. Para aqueles que se opõem a ele, pode parecer uma questão de justiça; para seus apoiadores, é um chamado à defesa de uma liderança injustamente tratada.

Vejo com preocupação, para as relações internas e internacionais, a falta de diálogo construtivo por parte do STF e do governo brasileiro que evite a radicalização da política e busque soluções mais conciliatórias para as tensões vigentes; eles não querem resolver querem vingança, e quem perde é a verdadeira democracia, e o povo sabe disso e está acordando para esse novo fato.

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Marisa Lobo possui graduação em Psicologia, é pós-graduada em Filosofia de Direitos Humanos e em Saúde Mental e tem habilitação para Magistério Superior.

* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.

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Por: Marisa Lobo

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