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Querem eliminar a liberdade religiosa com a narrativa de “discurso de ódio”

today21 de junho de 2022 17

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Marisa Lobo
21/06/2022 16h46

Bruna Karla no Positivamente Podcast Foto: Positivamente Podcast

Quem acompanhou, ao longo da semana, a repercussão envolvendo o nome da cantora Bruna Karla, pode ter se perguntado: onde foi parar a liberdade religiosa? De fato, esse é um questionamento cada vez mais recorrente, o que deve ser motivo de muita preocupação.

Por defender o ensinamento bíblico contra a prática homossexual, se recusando a cantar em um casamento gay, Bruna Karla passou a ser chamada de “homofóbica” em parte da imprensa, também sofrendo ataques de certos famosos nas redes sociais. O que dizer?

A primeira coisa que a Igreja de Cristo deve ter em mente é que, diferentemente do que alguns imaginam, a liberdade religiosa, que sempre foi um escudo contra a censura da pregação cristã, é o grande alvo a ser combatido e eliminado por parte do progressismo ideológico.

É por isso que posicionamentos como o de Bruna Karla, atualmente, causam tanta repercussão nas mídias, pois isso seria inimaginável há uma ou duas décadas, quando não havia discussão quanto a isso, em termos de discurso cristão nos meios de comunicação ou em qualquer outro ambiente.



Se analisarmos honestamente, não há nada mais natural para um cristão genuíno, do que falar com toda tranquilidade que a Bíblia condena a prática homossexual, motivo pelo qual é pecado endossar atividades que refletem apoio ao estilo de vida LGBT.

Precisamente, qualquer atividade que vá além do respeito à pessoa humana, suas diferenças e decisões, a exemplo do “casamento gay”. Este, por sinal, foi o motivo pelo qual Bruna Karla se recusou a cantar na cerimônia para a qual foi convidada, uma vez que para ela, que é uma cristã, a sua participação significaria apoio direto à prática homossexual.

O FRUTO DA MILITÂNCIA


Mas, a realidade atual é bem diferente de décadas atrás, e isso não é nada bom para nós, cristãos, pois tivemos um claro estreitamento no sentido de liberdade de culto e pregação; mesmo a liberdade religiosa ainda sendo garantida por lei.

Se hoje um cristão, por exemplo, seja ele qual for, se sente “desconfortável” por dizer que é pecado a prática homossexual, e que isso pode levar o pecador à condenação eterna caso não se arrependa, este desconforto é o resultado direto do sucesso que o ativismo LGBT obteve nos últimos anos.

Quando falo de “sucesso”, me refiro à capacidade de fazer parecer que a nossa pregação não é legítima, herdeira de duas doutrinas religiosas existentes há milênios (judaísmo e cristianismo), mas sim o fruto de puro “ódio”, “preconceito” e, portanto, “homofobia”.

É aqui que está o grande objetivo: usar essas narrativas para criminalizar a pregação cristã, sob o argumento de que a liberdade religiosa não acoberta “discurso de ódio” e “discriminação”. Essa já tem sido a linha de raciocínio adotada pelo ativismo LGBT há anos, sendo cada vez mais difundida nos meios de comunicação.

CONCLUSÃO


Por fim, com base no cenário que descrevi anteriormente, se a tendência atual se mantiver e não aperfeiçoarmos as nossas leis em defesa da livre pregação, o que inclui a expressão, o resultado é que a liberdade religiosa muito em breve deixará de existir.

Teremos uma espécie de “liberdade” parcial, ao estilo do governo comunista chinês, que só considera legal o funcionamento de certas igrejas que se submetem às regras do governo. A pregação precisa estar alinhada aos ditames do Estado, caso contrário não é permitida.

No Brasil, esse controle político-moral já existe por intermédio dos meios de comunicação, dos ativistas culturais e outros. É o famoso “politicamente correto” que já invadiu nossos púlpitos e tem moldado, inclusive, o pensamento de muitas lideranças outrora respeitadas em nosso meio.

Bruna Karla foi apenas mais uma vítima dessa tentativa de criminalização da opinião pública. A pergunta que faço aos cristãos e conservadores do Brasil é: ficaremos assistindo? Continuaremos omissos, negligentes e calados diante da ameaça crescente? Eu, Marisa Lobo, continuarei fazendo a minha parte, pois “mais importa obedecer a Deus do que aos homens (Atos 5:29).

Marisa Lobo possui graduação em Psicologia, é pós-graduada em Filosofia de Direitos Humanos e em Saúde Mental e tem habilitação para Magistério Superior.

* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.

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Por: Marisa Lobo

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