Renato Vargens
– 25/04/2022 10h42
Antes de começar a expor os motivos pelos quais penso que essa ferramenta não deve ser utilizada pela Igreja, faz-se necessário definirmos o que é metaverso.
O metaverso nada mais é do que um “mundo digital”, que combina elementos da vida real com uma realidade virtual. Ao entrar nesse universo virtual, cada pessoa escolhe um avatar para viver uma vida semelhante à real: se relacionar com pessoas, fazer compras, ir a shows, viajar ao redor do mundo e até mesmo ir à igreja.
Mas a pergunta é: Será que a Igreja deve adotar esse tipo de prática?
Penso que não. Portanto, de forma prática, gostaria de elencar pelo menos 7 motivos por que considero que o metaverso seja nocivo aos crentes. Senão, vejamos:
1. As pessoas podem começar a confundir sua identidade dada por Deus com a identidade autocriada no metaverso.
2. Porque o mundo irreal não pode substituir o mundo real. Um mundo irreal pode criar pessoas irreais no qual comportamentos podem ser falsos, desprovidos de verdade e realidade.
3. Somos seres relacionais e precisamos de relacionamentos pessoais nos quais abraços, lágrimas, risos e toques se fazem presentes.
4. Porque o metaverso não é capaz de promover comunhão e relacionamento onde somos corrigidos, exortados, admoestados e amados.
5. Porque o metaverso nos tira da realidade da vida levando-nos a um mundo de ficção onde a pessoa pode se “fantasiar” daquilo que quiser; trazendo assim a impressão de que é uma pessoa diferente daquilo que efetivamente verdadeiramente é.
6. Porque no metaverso é impossível ministrar os sacramentos visto que batismo e ceia tem que ser presenciais. Visto que a Igreja se revela como um ajuntamento solene, em que Deus se faz presente em meio à comunhão do seu povo.
7. Porque no metaverso não há espaço para diaconia, serviço mútuo, conforto, consolo, interação na vida do próximo e, claro, interação relacional.
|
Renato Vargens é pastor sênior da Igreja Cristã da Aliança em Niterói, no Rio de Janeiro e conferencista. Pregou o evangelho em países da América do Sul, do Norte, Caribe, África e Europa. Tem 32 livros publicados em língua portuguesa e um em língua espanhola. É membro dos conselhos do TGC Brasil e IBDR.
|
* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.
Siga-nos nas nossas redes!
O autor da mensagem, e não o Pleno.News, é o responsável pelo comentário.
Publicar comentários (0)