A Suprema Corte da Venezuela apoiou as alegações do presidente Nicolás Maduro de que ele venceu a eleição presidencial do mês passado e disse que as contagens de votos publicadas online mostrando que ele perdeu por uma vitória esmagadora foram forjadas.
A decisão dos juízes daquele país vem na sequência de um recurso sobre alegações de fraude eleitoral. No entanto, as ligações entre os magistrados e o chavismo põem em evidência a falta de independência da mais alta instância judicial do país.
O fato é que essa é a mais recente tentativa de Maduro de conter os protestos e as críticas internacionais que eclodiram após a contestada votação de 28 de julho, na qual o autoproclamado líder comunista buscava um terceiro mandato de seis anos.
A deliberação da Suprema Corte lida nesta quinta-feira (22), em um evento com a presença de altos funcionários e diplomatas estrangeiros, veio em resposta a um pedido de Maduro para revisar os totais de votos que ele alegou – sem evidências – ter sido prejudicado por um ataque cibernético estrangeiro encenado por hackers da Macedônia do Norte.
No entanto, é importante salientar que a mais alta Corte venezuelana está repleta de partidários de Maduro e quase nunca decidiu contra o governo.
Logo, a resolução do tribunal superior, que certifica os resultados, contradiz as conclusões de especialistas das Nações Unidas e do Carter Center que foram convidados a observar a eleição e que determinaram que os resultados anunciados pelas autoridades careciam de credibilidade. Especificamente, os especialistas externos observaram que as autoridades não divulgaram um detalhamento dos resultados de cada uma das 30 mil cabines de votação em todo o país, como fizeram em quase todas as eleições anteriores.
Edmundo González Urrutia foi o único dos dez candidatos que não participou da auditoria da Suprema Corte; fato observado pelos ministros que, em sua decisão, o acusaram de tentar espalhar o pânico no país.
Numerosos governos estrangeiros, incluindo os Estados Unidos, bem como vários aliados de esquerda de Maduro, pediram às autoridades que divulguem o detalhamento completo dos resultados.
Enquanto isso, Maduro chamou a validação da Suprema Corte da Venezuela de sua reeleição de “esmagadora”.
Em suma, togachavismo é o togalulismo no Brasil…
Lawrence Maximus é cientista político, analista internacional de Israel e Oriente Médio, professor e escritor. Mestre em Ciência Política: Cooperação Internacional (ESP), Pós-Graduado em Ciência Política: Cidadania e Governação, Pós-Graduado em Antropologia da Religião e Teólogo. Formado no Programa de Complementação Acadêmica Mastership da StandWithUs Brasil: história, sociedade, cultura e geopolítica do Oriente Médio, com ênfase no conflito israelo-palestino e nas dinâmicas geopolíticas de Israel.
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Marisa Lobo - 22/08/2024 11h00 Responsabilidade social e vida cristã Foto: Freepik Nós, cristãos, somos diariamente desafiados a ter um bom exemplo de vida, uma vez que isso implica em seguir um princípio bíblico, conforme ensina o apóstolo Paulo em 1 Coríntios 11:1, quando somos exortados a imitá-lo, assim como ele imitou a Jesus, e isso tem muito a ver com responsabilidade social. Sim, ter uma vida que agrada a […]
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