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As primeiras reações ao texto ficaram divididas entre dois extremos:
Entre outros pontos, (veja abaixo os destaques do texto final da Cúpula), os países concordaram em criar uma Aliança Amazônica de Combate ao Desmatamento, mas não definiram metas em comum.
Para perseguir o objetivo, devem cumprir os esforços dentro dos compromissos nacionais já assumidos: no caso do Brasil, a meta é alcançar o desmatamento zero em 2030.
Por outro lado, os países concordaram em cobrar que os países desenvolvidos cumpram seus compromissos de fornecer recursos financeiros para que os países em desenvolvimento enfrentem os efeitos da mudança climática provocada pela emissão de CO2 e pelos gases de efeito estufa.
O grupo dos oito países amazônicos citou a meta de mobilizar US$ 100 bilhões (valor que não foi repassado) e cobrou a criação de novas metas de contribuições.
O texto não trouxe um veto à exploração de petróleo na Amazônia, tema que foi um dos pontos de embate na Cúpula. O tema teve espaço tímido na Declaração de Belém. O texto final fala em “iniciar um diálogo” sobre a sustentabilidade de setores “como mineração e hidrocarbonetos”.
Para o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, a declaração é “um texto denso, importante”.
“São tratadas questões de grande interesse para a região Amazônia em matéria de saúde, educação, policiamento, ação conjunta contra tráfico de madeiras ou minerais, ciência e tecnologia, enfim, todas as áreas estão contempladas”, disse Vieira.
Já para Márcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima, trata-se de um acordo “bastante inicial” e o documento final é uma “lista de promessas”.
“Ele (o acordo) não endereça nenhuma resposta real ao mundo que a gente está vivendo. O planeta está derretendo, nós estamos batendo recorde de temperatura todos os dias. Não é possível que, num cenário como esse, oito presidentes de países Amazônicos não consigam colocar numa declaração – em letras garrafais – que o desmatamento precisa ser zero que o desmatamento não vai mais ser tolerado”, afirma Márcio Astrini.
Para Marcelo Furtado, fundador da Coalizão Brasil e diretor da Nature Finance, o texto é um “conjunto de boas notícias e um pouco de frustração”.
“A Cúpula abordou os temas certos, mas não entregou o que a sociedade, o setor privado e a academia esperam: um conjunto de ações concretas, de curto e médio prazo, que possam mudar o rumo que hoje navegamos e que assustadoramente nos pode levar a ultrapassar o compromisso de 1,5°C”, comenta Furtado.
Abaixo, veja os destaques do texto, de acordo com nota divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil:
Para Mauricio Voivodic, diretor executivo do WWF-Brasil, a OTCA saiu fortalecida. “Que ela ajude na rápida implementação de ações efetivas no combate ao desmatamento, ao mercúrio e o garimpo ilegal e na ampliação de áreas protegidas e territórios indígenas”, afirmou Voivodic.
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Por: G1
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