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Treze membros do conselho votaram nesta terça-feira (20) a favor do texto redigido pela Argélia. O Reino Unido se absteve.
A embaixadora dos EUA na ONU, Linda Thomas-Greenfield, já havia sinalizado no sábado que o país vetaria o projeto de resolução devido à preocupação de que a decisão poderia prejudicar as negociações entre EUA, Egito, Israel e Catar, que buscam intermediar uma pausa na guerra e a libertação dos reféns mantidos pelo Hamas na Faixa de Gaza.
EUA vetam resolução da ONU pela 3ª vez desde início da guerra entre Israel e Hamas em conferência do Conselho de Segurança nesta terça-feira, 20 de fevereiro de 2024. — Foto: Mike Segar/Reuters
“Qualquer ação que este conselho tome neste momento deve ajudar, e não atrapalhar essas negociações sensíveis e contínuas. E acreditamos que a resolução que está sendo discutida agora teria, de fato, um impacto negativo sobre essas negociações”, disse Thomas-Greenfield ao conselho antes da votação.
“Exigir um cessar-fogo imediato e incondicional sem um acordo que exija que o Hamas liberte os reféns não trará uma paz duradoura. Em vez disso, isso poderia prolongar a luta entre o Hamas e Israel“, disse ela.
EUA e Israel são considerados aliados históricos. Os EUA chegaram a vetar resoluções que pediam um cessar-fogo na guerra:
Israel divulga imagens de túnel do Hamas que liga escola a agência da ONU
Até agora, o governo dos EUA tinha sido avesso à palavra cessar-fogo em qualquer resolução da ONU sobre a guerra entre Israel e Hamas, mas o texto dos EUA ecoa a linguagem que o presidente Joe Biden disse ter usado na semana passada em conversas com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu.
O projeto de resolução dos EUA prevê que o Conselho de Segurança “enfatize seu apoio a um cessar-fogo temporário em Gaza assim que possível, com base na fórmula de libertação de todos os reféns, e pede o levantamento de todas as barreiras à prestação de assistência humanitária em escala.”
A resolução redigida pela Argélia e vetada pelos EUA não vinculava o cessar-fogo à libertação dos reféns. Ela exigia separadamente um cessar-fogo humanitário imediato e a libertação imediata e incondicional de todos os reféns.
Por: G1
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