O PT pretende propor aos veículos de comunicação a realização de três debates presidenciais no primeiro turno, num modelo de pool semelhante ao adotado nos Estados Unidos.
O ex-presidente Lula já foi convidado para 11 debates eleitorais. Na avaliação da cúpula do PT, com uma campanha eleitoral tão curta, é inviável aceitar tantos convites, que tendem a aumentar. O plano é apresentar uma proposta com um formato que reúna diversos veículos de comunicação.
A data do debate da Rede Globo, sempre na reta final do primeiro e segundo turnos, é considerada ruim pelo PT. O partido quer uma mudança que permita aos debates ter, na prática, uma repercussão eleitoral mais longa.
O partido pretende propor a ideia de debates em pool às associações representativas das emissoras de rádio, TV, jornais, revistas e portais. Detalhe: a regra de pool valeria para a Globo também.
Série A
Hoje, a participação do presidente Jair Bolsonaro nos debates é considerada condição necessária para que Lula também aceite o confronto entre candidatos. Sem Bolsonaro, o PT não vê sentido na presença do líder das pesquisas para virar saco de pancadas de candidatos sem chance real de vitória.
44 anos depois
Lula já ligou para FHC a fim de conversar sobre os caminhos do PSDB após a saída de João Doria da corrida presidencial. Em 1978, Lula fez campanha para a candidatura de FHC ao Senado. Ter o apoio do tucano agora seria um grande gol político. Poderia pavimentar o caminho para a adesão de tucanos históricos no primeiro turno.
Política econômica
A exemplo de 2003, Lula pretende agir com responsabilidade fiscal, mas já decidiu que achará espaço para fazer um grande programa de investimentos. Se for necessário aumentar a dívida pública, ele não hesitará.
A reedição do PAC e a ressurreição do Bolsa Família fazem parte dos planos.
Confusão à vista
Lula não vai se comprometer com a reestatização da Eletrobras. O ex-presidente concentrará fogo máximo na tentativa de impedir que a União perca o controle das ações com direito a voto. Se a empresa for privatizada, os principais sócios serão chamados para uma conversa dura no começo de um eventual governo petista.
Modelos em estudo
A respeito dos preços dos combustíveis, a decisão de Lula é acabar com a paridade com o dólar. A fórmula e o tempo em que essa decisão será implementada dependerão de conversas que o petista quer amadurecer sobre o futuro da Petrobras. A ideia de fusão com a Eletrobras para criar uma enorme empresa de energia está na cabeça do ex-presidente.
Quem avisa amigo é
Não há nenhuma decisão de Lula sobre os nomes que integrarão o ministério de seu eventual governo. Candidatos a ministro que estão se movimentando correm o risco de quebrar a cara, especialmente aqueles que cobiçam a área econômica.
Saco cheio
Lula está sem a menor paciência para atender aos convites de conversas com os bancos. Tem dito que quer saber das instituições financeiras quais são as propostas que elas têm para combater a fome, gerar emprego e realizar uma reforma tributária que cobre mais dos ricos e menos dos pobres.
Jogo casado
Lula convidou Alckmin para viajar com ele para a região Sul. Na campanha, o petista terá agendas comuns e separadas com o candidato a vice, como fazia com José Alencar em 2002. Quando a chapa for oficializada, a ideia é realizar um grande comício, com os dois juntos.
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