Antes das eleições, escrevi o artigo Alexandre de Moraes, o “anjo da morte” da democracia descrevendo o cenário horripilante no Brasil, a decomposição da democracia e a consolidação da juristocracia. Não se tratava simplesmente de impedir a reeleição do ex-presidente Bolsonaro, mas de destruir sistematicamente qualquer possibilidade de resistência à implantação do socialismo/comunismo no país.
A rejeição dos evangélicos conservadores a Lula é sobre todas as pautas (i)morais da esquerda, que seu partido (PT) sempre defendeu – pautas que vão contra a doutrina cristã!
Entretanto, figuras evangélicas apoiaram o descondenado Lula, entre eles, os cantores Kleber Lucas e Leonardo Gonçalves, os pastores Caio Fábio, Ricardo Gondim, Ariovaldo Ramos, entre outros – essas pessoas querem equiparar o cristianismo ao socialismo. Uma aberração!
O governo Lula tem como base o socialismo, uma agenda revolucionária cultural contrária aos princípios e valores cristãos – contra a liberdade de expressão, a favor do aborto (saúde pública), revolução sexual, ideologia de gênero, feminismo, teologia da libertação, políticas de desencarceramento, políticas pró-drogas, desapropriação de terras, doutrinação comunista em escolas e universidades – uma guerra cultural.
Portanto, um olhar básico sobre a doutrina cristã contradiz completamente a posição socialista. Aqui estão algumas diferenças específicas entre o socialismo e o cristianismo:
Primeiro, o socialismo é baseado em uma visão de mundo materialista
Segundo socialistas, o maior problema do mundo é a distribuição desigual da riqueza. Uma visão de mundo fundamentalmente materialista, que é a base do socialismo. Para os socialistas, tudo o que realmente existe é o mundo material.
De fato, Karl Marx, o pai do socialismo/comunismo, inventou a noção de materialismo dialético – a crença de que a matéria contém um poder criativo dentro de si mesma. Isso permitiu a Marx eliminar a necessidade de um criador, essencialmente apagando a existência de qualquer coisa não material.
Para os socialistas, o sofrimento é causado pela distribuição desigual de coisas – e a salvação é alcançada pela redistribuição de coisas. Não há reconhecimento de questões espirituais. Há apenas uma suposição de que, se todos receberem coisas iguais, todos os problemas da sociedade, de alguma forma, se dissolverão.
Essa cosmovisão contradiz o cristianismo, que afirma a existência de um mundo material e espiritual – ensina que os maiores problemas da humanidade são espirituais. A Bíblia diz que a causa do sofrimento é o pecado e a salvação é encontrada na Cruz de Cristo, que nos liberta do pecado.
Por causa do pecado, porém, sempre haverá desigualdades no mundo. Como mostra a parábola dos talentos, aqueles com bom caráter tendem a acumular mais; aqueles com mau caráter podem perder tudo o que têm. No entanto, mesmo que sejamos incapazes de acumular riqueza, o cristianismo ensina que ainda podemos ter uma vida abundante. Isso porque nossa qualidade de vida não é determinada pela quantidade de coisas que temos, mas pelo nosso relacionamento com Cristo.
Segundo, o socialismo pune a virtude
Os socialistas querem distribuir a riqueza aos indivíduos de acordo com suas necessidades, independentemente da virtude. Como Karl Marx disse famosamente: “De cada um, de acordo com sua capacidade; a cada um, de acordo com suas necessidades”.
No entanto, sempre que qualquer instituição fornece ajuda, corre-se o risco de remover recompensas e consequências projetadas por Deus. Pode-se punir aqueles que são industriosos, fazendo-os pagar por aqueles que não são. E se pode recompensar aqueles que não são diligentes, dando-lhes os frutos do trabalho de outro homem. Isto é precisamente o que o socialismo faz.
Curiosamente, Marx afastou os outros toda a sua vida e falhou em sustentar sua esposa e filhos. Como Aristóteles observou uma vez, “os homens iniciam mudanças revolucionárias por razões relacionadas com suas vidas privadas”.
A Bíblia ensina que a ajuda deve estar ligada à responsabilidade. Em primeiro lugar, a quem se recusa a trabalhar deve ser recusada a ajuda. Como 2 Tessalonicenses 3:10 diz: “Aquele que não está disposto a trabalhar não comerá”.
Em seguida, ninguém deve receber ajuda cuja família possa prover para ele. De fato, o apóstolo Paulo disse que um homem que não consegue sustentar sua família é “pior do que um incrédulo” (1 Timóteo 5:8). A Igreja também exigia que as viúvas que recebiam ajuda tivessem “uma reputação de boas obras” (1 Timóteo 5:10). Assim, mesmo ao distribuir ajuda, a Igreja recompensava a virtude e desencorajava o vício. Infelizmente, o socialismo faz exatamente o oposto.
Terceiro, o socialismo endossa o roubo
Os socialistas não acreditam na propriedade privada. Dito de outra forma, isso significa que, se você tem propriedades e seu vizinho não tem nenhum, o governo tem o direito de pegar seu imóvel e entregá-lo ao seu vizinho. Isso não é cristão; isso é roubar! Uma das marcas do socialismo é a invasão de propriedades e desapropriação de terras – prática muito conhecido no Brasil.
Tanto o Antigo Testamento quanto o Novo Testamento afirmam inequivocamente a propriedade privada. Para um governo socialista/comunista, não podemos nem mesmo obedecer ao oitavo mandamento de não roubar, a menos que aceitemos a noção de propriedade privada. Tampouco podemos administrar nosso dinheiro como a Bíblia ordena se o Estado possui nosso dinheiro, não nós. Assim, um sistema econômico liberal e democrático protege a propriedade privada e permite que os indivíduos tenham liberdade para investir seus recursos, de acordo com seus planos e projetos de vida.
Por fim, em um de seus famosos discursos ideológicos, Lula defendeu pessoas que roubam “apenas um celular”, pois, segundo ele, estes são violentados e assassinados pela polícia – uma pauta conhecido da esquerda!
Quarto, o socialismo encoraja a inveja e a guerra de classes
Os socialistas demonizam os ricos, culpando-os por todos os problemas da sociedade. Karl Marx, que via a história como uma série de lutas de classes entre ricos e pobres – defendia a derrubada da classe dominante.
Os ricos não estão causando todos os problemas na sociedade. Pessoas como Bill Gates, Elon Musk e grandes empresários não estão adquirindo riqueza roubando das massas. Eles estão criando ótimos produtos, que produzem riquezas e realmente fornecem empregos para muitas pessoas. Mas, mesmo que eles estivessem explorando os pobres, em nenhum lugar as Escrituras apoiam os que não têm exigindo dinheiro dos que têm. Em vez disso, ensina que não devemos cobiçar (Êxodo 20:17) e devemos nos contentar em todas as circunstâncias (Filipenses 4:11-13). As Escrituras ainda advertem fortemente os ricos e poderosos a não oprimir os pobres. De fato, Provérbios 14:31 diz: “Quem oprime os pobres mostra desprezo pelo seu criador…”.
Quinto, o socialismo procura destruir o casamento e a família
Um fato conhecido sobre o socialismo é que, desde o seu início, ele procurou destruir o casamento e a família. O professor de Grove City, Paul Kengor, explica isso em detalhes em seu livro, Takedown: From Communists to Progressives, How the Left Has Sabotaged Marriage and Family (Desmonte: De Comunistas a Progressistas, como a Esquerda sabotou o casamento e a família, em tradução livre). Essencialmente, o que o socialismo busca é que o Estado substitua a família. Dessa forma, ele pode doutrinar as crianças em seu modus operandi e remover delas quaisquer noções de Deus e religião.
Friedrich Engels, coautor com Marx do Manifesto Comunista, escreveu uma vez que a sociedade que ele imaginou seria aquela em que “a única família deixa de ser a unidade econômica da sociedade. A limpeza privada é transformada em uma indústria social. O cuidado e a educação das crianças tornam-se um assunto público”.
O movimento defensor do casamento gay – o que Kengor chama de Cavalo de Troia do comunismo – é para garantir a derrubada final do casamento tradicional. Isso porque não há nada de cristão no socialismo; portanto, não há absolutamente nenhuma maneira de a Bíblia apoiá-lo.
Lawrence Maximo é analista político, professor universitário e escritor. Mestrando em Ciências Políticas Internacionais: Cooperação Internacional, Mestre em Missiologia, Pós-graduado em Ciência Política: Cidadania e Governação e Pós-graduado em Antropologia da Religião. Historiador e Teólogo. Escreve artigos para o jornal Gazeta do Povo e Revista Esmeril.
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