Me permitam, hoje, falar sobre a indumentária através dos tempos e sua importância para a evolução humana. Minha ideia é nos levar em reflexão sobre o simbolismo e as liturgias das diversas vestes que cobrem a nós, seres humanos, e nos diferem assim dos mais diversos segmentos da sociedade humana, em todos os tempos.
Por exemplo, em ambientes seletos como fóruns, ou alguns escritórios, exige-se traje social completo dos homens; ou seja, terno e gravata. Isso pelo respeito ao ambiente solene que estão convencionados.
Na Bíblia Sagrada, encontramos uma descrição minuciosa das vestes sacerdotais que são colocadas em nível sagrado. Sua confecção seguia regras rígidas, além de materiais e cores predeterminadas. Em Êxodo 28:2,3 podemos ler: “Faça vestes sagradas que lhe confiram dignidade e honra, (…) um peitoral, um colete sacerdotal, um manto, uma túnica bordada, um turbante e um cinturão”. O versículo 5 completa parte das instruções: “E usarão linho fino, fios de ouro e fios de tecido azul, roxo e vermelho”.
O restante do capítulo 28 ainda descreve instruções longas e detalhadas aos artesãos para que trabalhassem com tecidos, pedras, ouro e outros itens que trariam o que a roupa necessitava e agradariam os olhos de Deus.
Por analogia, as vestes dos magistrados seguem uma liturgia semelhante. Isso, por ser a magistratura um dom divino daquele que julga. Isso é tão importante que Israel foi governado por séculos por juízes.
O que quero dizer é que o Poder Judiciário, por ter elevada relevância no tripé dos poderes constituídos, adotou a toga como parte importante da liturgia do cargo. Sendo assim, por convenção, as vestes dos juízes são de cor preta e devem cobrir os calcanhares.
A palavra toga deriva do termo talar, do latim tálus que significa calcanhar. Isso é, a vestimenta que vai até os calcanhares. Por isso, a toga é o símbolo da imparcialidade, da honestidade. Também é como um escudo contra a corrupção.
A toga é concedida aos ministros do Supremo Tribunal Federal para que, em tese, venha acompanhada de superpoderes para que estes possam aplicar a justa justiça. Isso quer dizer que, ao um ministro usar essa toga a vestimenta eleva suas atribuições a de um super-herói. Porque o Supremo Tribunal Federal é a última instância de jurisdição. Dessa maneira, o ideal é que um supremo magistrado seja discreto, impessoal e apolítico. Se manifestando apenas dentro dos autos.
Assim, quando ministros do STF manifestam opiniões sobre os mais diversos assuntos, aceitam convites para festas públicas, participam em lives com artistas militantes, mesmo sem ter a intenção, sua vida pessoal se confunde com a discrição que seu cargo exige. E o que sobressai é o inconveniente de demonstrar posições políticas conflitantes com a necessária isenção de seus julgamentos.
Assim, infelizmente, o tempo precioso que deveríamos disponibilizar para o serviço público acaba sendo gasto para debater atitudes discutíveis de membros do mais alto escalão do Poder Judiciário. Pois, extrapolam suas atribuições legislando ou se deixando influenciar por partidos de esquerda que usam o judiciário como tribuna estepe do parlamento, onde perdem as discussões por serem minorias.
Finalizo pedindo a Deus que permita, como avisa o presidente Jair Bolsonaro, que todos se mantenham nas quatro linhas da Constituição.
Marco Feliciano é pastor e está em seu terceiro mandato consecutivo como deputado federal pelo Estado de São Paulo. Ele também é escritor, cantor e presidente da Assembleia de Deus Ministério Catedral do Avivamento.
* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.
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