O logotipo da Adidas é visto em uma loja em Metzingen, na Alemanha, em 16 de junho de 2017 — Foto: REUTERS/Michaela Rehle
A fabricante alemã de roupas esportivas Adidas desistiu de contestar no Escritório de Patentes e Marcas dos Estados Unidos um pedido de registro de um logotipo do movimento Black Lives Matter que faz uso de três faixas paralelas.
“A Adidas retirará sua oposição ao pedido de marca registrada da Black Lives Matter Global Network Foundation o quanto antes”, comunicou a empresa.
Uma pessoa ligada à Adidas declarou à agência de notícias Reuters que a rápida reviravolta foi desencadeada pelo temor de que as pessoas pudessem interpretar a ação contra o registro da marca como uma crítica à missão do Black Lives Matter, que luta contra o racismo.
Nesta segunda-feira, a empresa havia justificado seu pedido de bloqueio do registro com o argumento de que o uso de três listras paralelas criaria confusão com a sua própria marca. A Adidas tentou impedir que o Black Lives Matter usasse o logotipo em produtos que a fabricante alemã de roupas esportivas também vende, como camisetas, bonés e bolsas.
No pedido enviado ao escritório de marcas americano, a Adidas lembrou que usa as três listras desde 1952 e afirmou que o design do Black Lives Matter poderia causar confusão, levando consumidores a pensar que os produtos estão conectados ou têm a mesma origem.
Imagem do site do Black Lives Matter mostra o logo com três linhas amarelas — Foto: Black Lives Matter/Reprodução
A fabricante de roupas esportivas também encerrou uma colaboração com a cantora Beyoncé, de acordo com relatos na mídia. O contrato da Adidas com a estrela pop está previsto para acabar no fim de 2023.
O grupo solicitou uma marca registrada nos Estados Unidos em novembro de 2020 para um design com três listras amarelas para usar em uma variedade de produtos, incluindo roupas, publicações, bolsas, pulseiras e canecas.
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