A decisão ocorre em resposta ao pedido de autorização efetuado pelas autoridades polonesas. “Saúdo o fato de que nós, no governo federal, chegamos a essa decisão juntos”, disse o ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, depois que a decisão foi tomada em Berlim. “Isso mostra que se pode confiar na Alemanha!”
Em 2002, a Alemanha vendeu à Polônia 22 aviões de combate MiG-29 que já haviam feito parte do arsenal da antiga República Democrática Alemã (RDA, que deixou de existir em 1990), e no contrato ficou estipulado que Varsóvia deveria pedir permissão a Berlim se quisesse vendê-los ou cedê-los para terceiros.
No final de março, Jacek Siewera, conselheiro de segurança do presidente da Polônia, Andrzej Duda, indicou que seu país ainda tinha uma dúzia desses aviões. A Polônia já havia enviado oito jatos para a Ucrânia, disse Duda, depois de anunciar o plano pela primeira vez em março. No entanto, novas entregas que envolviam caças que fizeram parte do arsenal alemão-oriental dependiam de um aval de Berlim. A Polônia, uma aliada próxima da Ucrânia, vinha pressionando a Alemanha a autorizar a transferência, fazendo anúncios públicos sobre seus planos.
A decisão do governo alemão foi adiantada pelo jornal Süddeutsche Zeitung, e antes de ser oficialmente confirmada pelo governo alemão, alguns deputados da coalizão do chanceler Olaf Scholz já haviam feito elogios.
“Foi correto que o governo não tenha atrasado a decisão, mas que a tenha tomado no mesmo dia em que recebeu o pedido polonês”, disse o especialista em Defesa do Partido Liberal (FDP), Marcus Faber, em declarações à revista semanal Der Spiegel.
A Ucrânia tem pedido a entrega de caças para melhor se defender contra a invasão da Rússia. Embora os MiG-29 possam fornecer algum alívio à Ucrânia, é improvável que satisfaçam suas demandas. O vice-ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Andriy Melnyk, já havia convocado “uma poderosa coalizão de caças para a Ucrânia“, composta por F-16 e F-35 fabricados nos EUA, e os europeus Eurofighter, Tornado, Rafale e aviões de guerra Gripen.
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Por: G1
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