Dupla envolvida em assassinato de vigia em Mongaguá, no litoral de São Paulo, é julgada 14 anos após o crime — Foto: TV Tribuna/Reprodução
Um homem e uma mulher acusados de matar um vigia há 14 anos são julgados nesta quinta-feira (14) no Fórum de Mongaguá, no litoral de São Paulo. A expectativa é que a decisão do julgamento dos réus, que atualmente respondem em liberdade, saia até o final do dia.
O julgamento, que estava marcado para às 9h, começou por volta das 9h30 por causa de uma queda de energia elétrica no Fórum. Além dos dois réus, serão ouvidas três testemunhas de acusação e cinco de defesa. A viúva da vítima é uma das testemunhas que prestará depoimento.
O julgamento é realizado 14 anos depois do crime porque uma das principais testemunhas fugiu após sofrer ameaça de um dos réus. Ela apareceu em 2012 com proteção judicial. Nesta quinta, ela prestou depoimento virtualmente e disse que estava em uma padaria um dia após o crime, onde um dos réus apareceu com sinais de embriaguez informando o que havia feito na noite anterior.
À TV Tribuna, familiares da vítima disseram que, além dos dois réus, outras três pessoas participaram do crime, mas fugiram na ocasião. Atualmente, duas delas estão detidas, mas por outros crimes.
Julgamento é realizado, nesta quinta-feira (14), no Fórum de Mongaguá, no litoral de São Paulo — Foto: Matheus Croce/g1
O vigia Antônio Roque de Andrade, de 45 anos, foi encontrado morto na guarita onde realizava segurança de várias torres de transmissão em Mongaguá, na noite de 27 de janeiro de 2008. A vítima estava amarrada e com marcas de agressões.
Em entrevista à TV Tribuna, na época do crime, o irmão do vigia disse que Antônio era uma pessoa muito alegre. “Comunicativo, inclusive pescava aqui no rio, tinha amizade com todo mundo, então esse fato aí foi assim inesperado para a gente pela pessoa que ele era”.
Um comandante da Guarda Civil Municipal (GCM) afirmou que Antônio era um vigilante que ele tinha total confiança. “Trabalhava decentemente, nunca houve nada que a gente pudesse chamar atenção dele”.
Apesar de nenhum objeto do vigia ter sido roubado, a Polícia Civil não descartava a hipótese de tentativa de roubo. Na época, o delegado responsável pelo caso afirmou que suspeitava de “algum desafeto dele ou possível roubo no local, que ele foi amarrado, e deve ter esboçado uma reação. Ele também disse que a vítima “caiu, veio a bater a cabeça”. Segundo ele, existe uma área onde a vítima foi puxada e, possivelmente, veio a óbito.
Na época do crime, irmão da vítima disse que vigia assassinato, em Mongaguá, era muito alegre e comunicativo — Foto: TV Tribuna/Reprodução
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