O Ministério das Relações Exteriores divulgou nesta segunda-feira (26) que a área econômica do governo destinou R$ 4,6 bilhões para o pagamento de dívidas do Brasil junto a organismos internacionais.
Segundo o Itamaraty, o dinheiro foi alocado pelo Ministério da Economia para o “pagamento de contribuições a organismos internacionais e integralização junto a bancos de fomento”.
“Isso significa que o Brasil será excluído desses fóruns. E é uma dívida pesada, que também não tem previsão orçamentária pro ano que vem”, declarou naquele momento o coordenador dos trabalhos da equipe de transição e ex-senador Aloizio Mercadante (PT).
Na nota divulgada nesta segunda, o Itamaraty diz que o governo atual “não poupou esforços para equacionar a irregularidade crônica de pagamentos e a dívida acumulada desde períodos anteriores”.
“Os recursos disponibilizados pelo Ministério da Economia permitirão saldar a quase totalidade da dívida do Brasil, fortalecendo a posição do País no sistema multilateral e na comunidade internacional”, prossegue o ministério.
Na nota divulgada, o Itamaraty não indica quais dívidas seguirão pendentes e nem quando os débitos serão de fato liquidados.
Em novembro, o ex-chanceler Celso Amorim foi entrevistado pela GloboNews sobre os desafios do Brasil para se reposicionar no cenário internacional. Confira no vídeo abaixo:
Ex-chanceler Celso Amorim fala dos desafios do Brasil no cenário internacional
Dívida bilionária com a ONU
Pelas regras da ONU, se um país acumular uma dívida equivalente a dois anos ou mais em relação às suas contribuições regulares, ele pode perder o direito ao voto. O Brasil tem feito alguns pagamentos da dívida para evitar esse cenário.
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