G1 Mundo

Argentinos se abstraem dos problemas e se entregam à liderança de Messi

today18 de dezembro de 2022 33

Fundo
share close

“Meninos, agora voltamos a sonhar”, diz o refrão da canção que se tornou o hino da Argentina nesta Copa do Mundo e sai em uníssono, como um brado, das cordas vocais de jogadores e torcedores.

No último mês, a seleção liderada por Lionel Messi conseguiu agregar as diferentes correntes que cruzam o país e tornou-se um fator de coesão.

A batalha política acalmou, e até a inflação deu uma pequena trégua: o índice de novembro baixou pela primeira vez em 9 meses para 4,9%, embora o acumulado em um ano seja de 92,4%. O país que sobrevive entre crises cíclicas não quer, pelo menos até domingo, ouvir falar de problemas.



As rotineiras rixas partidárias, a condenação de Cristina Kirchner a 6 anos de prisão, o isolamento do presidente Alberto Fernández e a indefinição no cenário político para as eleições presidenciais do próximo ano deixaram de monopolizar as conversas, assim como a desvalorização do peso ou o índice de 6,9% de desemprego.

A garra e o espírito de união do time contagiaram os argentinos, que se aferram à Copa do Mundo como uma tábua de salvação e um alívio momentâneo para as profundas divisões políticas e dificuldades econômicas.

“É talvez um daqueles momentos únicos em que parece não haver diferenças, em que somos todos iguais. Somos todos argentinos e nos sentimos orgulhosos de vestir a camisa da seleção e cantar o hino desta taça”, resumiu o jornalista Sergio Roitberg, colunista do “Clarín”.

Em enquetes de rua, os torcedores admitem, sem hesitação, que preferem ver a Argentina campeã do mundo a ver a inflação baixar. No início da Copa, a própria ministra do Trabalho, Kelly Olmos, considerou não ver diferença entre os dois objetivos.

Atacada, ela voltou atrás e ordenou suas prioridades. “Quero baixar a inflação para 1% ao mês e quero também que os argentinos fiquem felizes por ganhar o Mundial e ver Messi ser campeão.”

O fato é que a Argentina se vestiu de azul branco e está paralisada em torno do bom desempenho do time na Copa. Os torcedores se abstraíram de outros assuntos.

“É sem dúvida uma clara lição para os que dirigem o país, um apelo a perceber que este é o caminho: encontrar um propósito comum”, atestou Roitberg em seu artigo no “Clarín”. Pelo menos até domingo, a população orgulhosa está totalmente entregue à liderança do capitão Messi.




Todos os créditos desta notícia pertecem a G1 Mundo.

Por: G1

Esta notícia é de propriedade do autor (citado na fonte), publicada em caráter informativo. O artigo 46, inciso I, visando a propagação da informação, faculta a reprodução na imprensa diária ou periódica, de notícia ou de artigo informativo, publicado em diários ou periódicos, com a menção do nome do autor, se assinados, e da publicação de onde foram transcritos.

Avalie

Post anterior

parlamento-do-peru-rejeita-antecipar-eleicoes,-e-protestos-aumentam

G1 Mundo

Parlamento do Peru rejeita antecipar eleições, e protestos aumentam

As manifestações já deixaram 18 mortos e mais de 500 feridos, a maioria após confrontos com militares em um cenário de estado de emergência nacional. Os manifestantes pedem a libertação de Castillo, a renúncia de sua sucessora constitucional, a ex-vice-presidente Dina Boluarte, o fechamento do Parlamento e eleições gerais imediatas. Na sexta-feira (16), o Parlamento peruano rejeitou uma proposta de Boluarte para antecipar as eleições de 2026 para 2023. A […]

today18 de dezembro de 2022 20

Publicar comentários (0)

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado. Os campos obrigatórios estão marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.


0%