O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, ordenou na sexta-feira (9) que seja elaborado um plano de retirada da população civil de Rafah, que fica na fronteira entre Gaza e o Egito.
Netanyahu quer ocupar temporariamente Rafah. Segundo o premiê israelense, a cidade é o último bastião do Hamas e, portanto, etapa decisiva da guerra contra o grupo terrorista.
“Tal operação, se levada a cabo, terá como graves consequências, além de novas vítimas civis, um novo movimento de deslocamento forçado de centenas de milhares de palestinos, como vem ocorrendo desde o início do conflito”, afirmou o governo brasileiro.
Rafah é considerada o refúgio de cerca de 1,5 milhão de pessoas – quase toda a população da Faixa de Gaza – que desde o início da guerra entre Israel e o Hamas deixaram o norte, o centro e outras cidades do sul do território palestino por conta de bombardeios e ações por terra do Exército de Israel.
O porta-voz da ONU, Stephane Dujarric, afirmou ainda na sexta (9) que os civis palestinos em Rafah precisam ser protegidos e que é contra um deslocamento forçado em massa de pessoas.
O governo brasileiro adotou tom similar na nota divulgada nesta terça. O texto registra que o início dos deslocamentos forçados na região “é elemento indissociável da dramática crise humanitária vivida” pela população de Gaza e “mereceu a condenação” do Brasil.
“Estima-se que 80% dos habitantes de Gaza tenham sido obrigados a deixar suas casas, e a maioria deles na direção de Rafah, indicada inicialmente como área segura pelas autoridades israelenses”, diz a nota.
O texto ainda reforçou o pedido de encerramento do conflito e de libertação dos reféns em poder do Hamas. O governo também reafirma o “compromisso com uma solução de dois Estados, com um Estado da Palestina viável, convivendo lado a lado com Israel, em paz e segurança, dentro de fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas, que incluem a Cisjordânia, Gaza e Jerusalém Oriental como sua capital”.
Lula terá reuniões e um almoço com o presidente Abdul Fatah Khalil Al-Sisi na quinta-feira (15). No mesmo dia, ele terá agendas na Liga dos Estados Árabes.
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Por: G1
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