O brasileiro Fagner Chaves De Lima, 41, morador de Connecticut, se declarou culpado de uma acusação de tráfico de imigrantes ilegais para os Estados Unidos, na última quinta-feira (13), informou o Departamento de Justiça americano, em Massachusetts.
Ele está preso desde junho de 2022 por extorquir e transportar pessoas do Brasil para os EUA.
➡️ O que ele fazia: segundo a acusação, Lima emitia documentos falsos, providenciava hospedagens e o transporte das vítimas por avião ou ônibus, em troca de pagamentos de “milhares de dólares”. Além disso, extorquia essas pessoas durante as viagens, ameaçando-as caso não pagassem uma quantia adicional.
➡️ Punição: a juíza do Tribunal de Massachussets, Margaret R. Guzman, agendou a sentença de Lima para 13 de julho de 2023. A acusação de conspiração em tráfico humano prevê uma sentença de até 10 anos de prisão, até três anos de liberdade supervisionada e multa de US$ 250 mil.
Como a polícia americana descobriu
- Em maio e junho de 2022, um agente disfarçado começou a conversar com Lima pelo WhatsApp, dizendo que queria contrabandear sua irmã e sobrinha para os Estados Unidos;
- O agente secreto ofereceu pagar US$ 15 mil pelo serviço e Lima aceitou;
- Em 16 de junho de 2022, o contrabandista viajou para Worcester para se encontrar com o agente secreto e recebeu o pagamento.
Nas conversas por WhatsApp, Lima afirmou que estava envolvido com tráfico de pessoas há 20 anos.
O que disseram as autoridades dos EUA
A procuradora dos Estados Unidos, Rachael S. Rollins, afirmou que Lima “explorou e pôs em perigo pessoas vulneráveis que procuravam seus serviços para migrar para os Estados Unidos em busca de uma vida melhor”.
“Este caso deve servir como um lembrete de que nosso escritório identificará e processará aqueles cujas ações causam perigo à vida humana e ameaçam a segurança de nossa nação.”
“Nenhum ser humano deveria ser tratado como uma mercadoria, mas foi exatamente isso que esse homem fez. Ele mentiu para suas vítimas para ganhar centenas de milhares de dólares para si mesmo, e o FBI e nossos parceiros de aplicação da lei não vão ficar de braços cruzados e deixar isso acontecer”, disse Joseph R. Bonavolonta, Agente Especial Encarregado do Federal Bureau of Investigation, Divisão de Boston.
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G1 Mundo.
Por: G1
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