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Um casal de Guarujá, no litoral de São Paulo, abandonou a rotina na cidade para se juntar aos voluntários de todo o Brasil que ajudam as vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul. Em uma decisão repentina, Tatiane de Souza, de 31 anos, e Richard Domingues, de 33, pediram afastamento dos empregos e viajaram rumo ao sul do país sem ter onde ficar. Ao g1, o casal contou que dormia no próprio carro nos intervalos entre os resgates.
Autônoma, Tatiane tem uma loja que deixou aos cuidados de uma funcionária, enquanto Richard pediu para antecipar as férias que seriam em outubro. Tatiane contou com auxílio financeiro de amigos para custear a viagem.
“A gente só tinha o desejo no nosso coração, não tinha dinheiro nem nada”, explicou ela.
O casal deixou Guarujá no dia 5 de maio sem destino ao certo. “A gente decidiu ir [ao sul] e pararíamos em qualquer cidade que estivesse precisando”, relembrou Tatiane, dizendo que escolheu Canoas enquanto pesquisava na internet já na estrada.
Segundo ela, nos primeiros dias já foi possível sentir o clima de tragédia no local. “Tivemos um grande medo, porque eles estavam abusando de crianças e mulheres no abrigo. Fomos até o abrigo de animais ser voluntários e lá vimos o trauma muito grande dos animais que eram resgatados”, afirmou.
Tatiane e Richard trabalharam no resgate de pessoas e animais em Canoas (RS). — Foto: Arquivo Pessoal
“Quando a gente pegava no colo, eles continuavam mexendo as patas como se estivessem nadando. Isso foi uma das coisas mais marcantes para mim”, relembrou a voluntária.
Tatiane só não imaginou que iria ver com os próprios olhos cenas ainda mais impressionantes ao participar dos resgates. “Quando eu fui para lá, eu imaginei que iria ficar nos abrigos, ajudando a separar as roupas, os mantimentos ou fazendo as comidas. Eu nunca imaginei que ia estar no resgate em um barco, resgatando vidas. Estar lá dentro da situação é muito mais complicado do que a gente vê nas imagens, na internet, nas redes, é muito diferente”.
Casal do litoral de SP viaja para ajudar vítimas da enchente no Rio Grande do Sul
De acordo com a autônoma, apesar de dormir no aperto do carro, a sensação de ajudar é indescritível. “Você se sente vivo”, afirmou. Segundo ela, a ajuda vai muito além dos próprios resgates. “É ouvir a história das pessoas, abraçar em meio ao caos. Muito deles precisam só que a gente ouça a história de como que foi”, disse.
Em 20 dias longe do conforto de casa, Tatiane crê que aprendeu muito além do que imaginava sobre empatia, pois viu as próprias vítimas ajudando outras. “Quase todos que estavam eram pessoas que perderam suas casas, suas famílias, um filho pet e, ainda assim, estavam lá para fazer os resgates de quem queria ser resgatado”, descreveu.
Ela e Richard compartilharam a rotina de voluntariado nas redes sociais e ganharam uma corrente de ajuda de amigos do litoral paulista, que se uniram para arrecadar e enviar doações, que iam desde alimentos até brinquedos.
“A gente teve doações de bíblia. A palavra de Deus nunca pode ser abandonada e o meu intuito para estar lá é esse, levar a palavra de Deus para o caos, manter todos bem, quentes e sem fome”, disse Tatiane.
O casal retornou para Guarujá após quase 20 dias de trabalho voluntário, mas já tem data para retornar: 20 de junho. Enquanto isso, Tatiane e Richard auxiliam em ações beneficentes no litoral paulista para arrecadar recursos. “Mesmo de longe, a gente tenta ajudar de alguma forma, por mínimo que seja”, finalizou a autônoma.
Tatiane e Richard atuaram diretamente no resgate de pessoas e animais em Canoas (RS). — Foto: Arquivo Pessoal
Por: G1
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