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Comissão do Senado aprova indicação do ex-ministro Antônio Patriota para embaixada do Brasil no Reino Unido

today18 de maio de 2023 13

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Com a aprovação, a indicação de Patriota será submetida ao plenário do Senado. A data da votação ainda será definida. Além de Patriota, outros cinco diplomatas indicados pelo governo Lula para postos no exterior também tiveram suas indicações aprovadas (veja lista mais abaixo).

Indicado pelo governo Lula para o posto em Londres, Patriota foi embaixador do Brasil nos Estados Unidos entre 2007 e 2009, quando o petista era presidente.

Ele também comandou o Ministério das Relações Exteriores entre 2011 e 2013, no governo Dilma Rousseff, e, nos anos seguintes, atuou como representante do Brasil na Organização das Nações Unidas (ONU) e como embaixador do país na Itália e no Egito.



Conforme o Ministério das Relações Exteriores, o Reino Unido é um dos principais investidores estrangeiros no Brasil. Em 2019, ainda segundo a pasta, o fluxo comercial entre os dois países somou US$ 5,3 bilhões.

Os principais itens exportados pelo Brasil são metais e pedras preciosas (26%), máquinas mecânicas (8,3%) e preparação de carnes (7,2%). Já os principais itens importados pelo Brasil do Reino Unido são máquinas mecânicas (15,4%), obras diversas de metais comuns (10,2%) e farmacêuticos (9,4%).

Antes de ter a indicação aprovada, Patriota passou por uma sabatina na comissão. Aos senadores, disse que Brasil e Reino Unido são comprometidos com a pauta ambiental e que, se a relação entre os países ficar mais “estreita”, poderá haver benefícios mútuos.

“O Reino Unido sediou a COP, dá atenção à pauta ambiental e de transição energética, está comprometido com esta agenda, o Brasil também. Uma cooperação estreita pode ser não só mutuamente benéfica, mas pode beneficiar toda a comunidade internacional também”, disse.

Além da Inglaterra, Estados Unidos e União Europeia também já anunciaram a intenção de doar para o Fundo Amazônia.

Durante a sessão desta quinta-feira, a Comissão de Relações Exteriores do Senado também aprovou outras indicações de diplomatas feitas pelo governo para postos no exterior.

Saiba abaixo o que disseram os indicados durante as sabatinas:

  • Clemente de Lima Baena Soares, diplomata de carreira, indicado para o cargo de embaixador do Brasil no Peru:

Efeitos da Lava Jato no Peru: “Dar continuidade ao trabalho altamente profissional realizado pelo embaixador Sergio Danese durante sua recente gestão. Trata-se de uma política por ele denominada de ‘virada de página’, que vem sendo conduzida de maneira muito positiva e cuidadosa. Esta nova postura responde a um desejo comum dos dois países de superar o período marcado pela incidência da Lava Jato na vida política peruana, que afetou a relação bilateral em decorrência dos impactos políticos da operação no país vizinho”.

  • Paulo Roberto Caminha de Castilhos França, diplomata de carreira, indicado para o cargo de embaixador do Brasil na Grécia

Comércio bilateral: “Pretendo promover maior acesso e diversificação do nosso comércio bilateral. Hoje, nosso comércio está na ordem de 400 milhões de dólares. Exportamos 350 e importamos 50. […] A ideia é que diversifiquemos a pauta exportadora, limitada em cinco produtos. Temos potencial grande e pretendo explorar por meio dos diferentes mecanismos as possiblidades de ampliação.”

  • Frederico Meyer, diplomata de carreira, indicado para o cargo de embaixador do Brasil em Israel

Capital de Israel: “Somos todos funcionários de Estado. Obedecemos às instruções que recebemos. Não cabe a mim dar uma instrução sobre qual é a capital de Israel. Posso fazer uma análise e fornecer subsídios para o governo, para o Itamaraty, que avaliará a melhor decisão. […] O que o Brasil faz é seguir o direito internacional. Não cabe a nós dizer qual é a capital. A capital, segundo as decisões da ONU, são as partes que devem negociar e decidir. Esta é nossa posição. E não poderia ser outra. O que nós fazemos é seguir as Nações Unidas.”

Organismos internacionais

Além das indicações dos embaixadores, a Comissão de Relações Exteriores do Senado também aprovou indicações de diplomatas para representações do Brasil em organismos internacionais:

  • Benoni Belli, diplomata de carreira, indicado para o cargo de represente do Brasil na Organização dos Estados Americanos (OEA)
  • Guilherme de Aguiar Patriota, diplomata de carreira, indicado para o cargo de delegado do Brasil na Organização Mundial do Comércio (OMC) – em 2015, durante o governo Dilma, o Senado rejeitou a indicação dele para o cargo de representante do Brasil na OEA.




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Por: G1

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