A reunião secreta adicionou mais uma incógnita a uma situação que já era cheia de suspense e mistério.
Na manhã do dia do golpe fracassado (24/6), Vladimir Putin acusou a liderança do grupo Wagner de “traição” e de lhe dar “uma facada nas costas”. Mais tarde naquele dia, pilotos da força aérea russa foram mortos, abatidos por caças do grupo.
Então, com os mercenários a apenas 200 km da capital russa, o Kremlin e o grupo Wagner fizeram um acordo. O motim acabou. Ninguém foi preso. Ninguém foi processado.
Não só Yevgeny Prigozhin não foi preso, como cinco dias depois estava no Kremlin, junto com 34 de seus comandantes, sentado à mesa e conversando com o presidente Putin.
Não se sabe exatamente o que foi dito no encontro entre Prigozhin e Putin, mas as versão oficial russa é de que tudo teria sido resolvido.
“Putin fez uma avaliação dos eventos de 24 de junho. Ele ouviu as explicações dos comandantes e sugeriu possibilidades para o futuro deles e do uso das forças em combate”, disse o porta-voz do Kremlin Dmitry Peskov.
Segundo ele, Prigozhin teria dito no encontro que o grupo Wagner “apoia Putin incondicionalmente”.
Os desdobramentos da reunião, no entanto, mostram um cenário diferente.
Foi divulgado que o acordo entre o Kremlin e Wagner para acabar com o motim em 24 de junho estabelecia que Prigozhin deveria deixar a Rússia e ir para Belarus, junto com os combatentes do Wagner que expressaram o desejo de se juntar a ele.
Mas, na semana passada, o líder de Belarus, Alexander Lukashenko, disse que o líder do grupo Wagner e seus mercenários não estavam lá.
Agora não se sabe onde estão Prigozhin e seus mercenários.
Nos últimos dias, a mídia estatal russa tem veiculado vídeos negativos para Prigozhin.
Fotografias potencialmente embaraçosas supostamente tiradas durante a invasão de sua mansão em São Petersburgo vazaram para a mídia social e para a TV russa. Elas mostram barras de ouro, armas e uma grande coleção de perucas.
Ontem à noite, o principal programa do Russia-1, News of the Week, divulgou um relatório afirmando que o militar tentou “se passar por Robin Hood, mas não é”.
“Ele era um empresário com um passado criminoso. Muitos de seus projetos eram duvidosos e nem sempre dentro da lei”, dizia o texto.
*com informações de Henri Astier e Steve Rosenberg
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G1 Mundo.
Por: G1
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