Bruno fez o último contato com a família por volta das 16h37 de 14 de março. Um dia antes, ele contou à mãe que faria um camping selvagem na Praia do Góes, em Guarujá, e ficaria um dia sem telefone porque não teria onde carregá-lo.
De acordo com o irmão, Marcelo Rodrigues Magalhães, o autônomo deixou o Rio de Janeiro em 5 de março. Ele pegou um voo para São Paulo e depois seguiu para a Baixada Santista.
Após o desaparecimento, a barraca do turista com os pertences dele, como carteira, dinheiro, cartões e documentos pessoais foi encontrada por um barqueiro próximo à praia do Sangava. Apenas o celular e Bruno não foram achados.
O irmão afirmou ao g1, neste sábado (30), que não foi possível reconhecer o corpo encontrado no final da última quinta-feira (28), enquanto ele e amigos realizavam as buscas.
“[Estamos] aguardando algumas informações para saber se existe alguma possibilidade de ser ele, [pois] por reconhecimento visual não é possível”, disse.
Segundo o Grupamento de Bombeiros Marítimo (GBMar), ao lado do corpo foi encontrada uma sacola com documentos de um homem, que havia sido sequestrado em 3 de março na Praia do Sangava, mas que foi liberado no dia seguinte, com vida.
Corpo foi encontrado em trilha na Praia do Sangava, em Guarujá, próximo ao local em que carioca Bruno Rodrigues Magalhães, de 34 anos, desapareceu durante camping — Foto: Arquivo Pessoal e Reprodução
De acordo com o apurado pelo g1, o corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML), onde tentarão identificá-lo por meio das falanges [ossos os dedos].
Caso não seja possível por estarem comprometidas, o IML aguardará a presença de possíveis familiares para que a identificação ocorra por meio da odonto forense [análise dos dentes]. Em último caso, a investigação será feita por DNA.
O Corpo de Bombeiros informou que o caso está sendo investigado pelas autoridades policiais e que, portanto, as buscas continuarão mediante solicitação da polícia.
O g1 entrou em contato com a Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP-SP), que informou que o caso segue sem investigação, mas, por ora, não tem novidades.
Carioca desaparece durante camping na Praia do Góes, em Guarujá (SP) — Foto: Arquivo Pessoal
“A gente tem várias hipóteses. Os bombeiros chegaram a cogitar que ele estaria na água, mas é um local de muito movimento, acredito que alguém já teria visto”, disse.
O irmão afirmou que a família pensa em todas as possibilidades do que pode ter acontecido com Bruno. “Ele é uma pessoa que sempre faz trilha. Muito estranho uma pessoa que tem costume de fazer isso, largar a barraca e se distanciar muito só com o celular”.
Marcelo acredita que o irmão possa estar perdido na área de mata, que tenha sofrido algum acidente ou que seja vítima de algum crime. Segundo o irmão, Bruno nunca ficou sem enviar mensagens para a mãe.
“Ele costuma fazer esse tipo de trilha, ter contato com a natureza, mas nunca deixou de dar satisfação para minha mãe, que fica em contato com ele porque se preocupa e, geralmente, ele faz essas atividades sozinho”.
O caso foi registrado como desaparecimento de pessoa e foi encaminhado ao 1° Distrito Policial (DP) de Guarujá, onde é investigado.
Carioca Bruno Rodrigues Magalhães, de 34 anos, desapareceu durante camping na Praia do Góes, em Guarujá (SP) — Foto: Arquivo Pessoal
De acordo com o relato no boletim de ocorrência (BO), ela disse ter sido roubada à mão armada por quatro criminosos na tarde do dia 15, e que viu um homem careca, branco e alto também ser assaltado.
No BO consta, segundo o relato da mulher, que a quadrilha pediu a corrente de ouro e uma pulseira dele, mas o homem reagiu ao assalto e foi baleado na coxa esquerda.
Ao g1, o irmão de Bruno revelou que as características citadas pela mulher batem com o desaparecido. “É muita coincidência a corrente, a característica física e a parte do cabelo, que estava raspado”, disse Marcelo.
VÍDEOS: g1 em 1 Minuto Santos
Publicar comentários (0)