G1 Mundo

Décadas após atentado a centro judaico que deixou 85 mortos na Argentina, país ordena prisão de 4 pessoas; 3 podem estar no Brasil

today16 de junho de 2023 12

Fundo
share close

A Justiça argentina solicitou, nesta quinta-feira (15), um pedido de prisão internacional de quatro libaneses suspeitos de terem colaborado na preparação do atentando ao centro judaico Associação Mutual Israelita Argentina (Amia) de Buenos Aires, em 1994, que deixou 85 mortos.

Os promotores pediu para que o juiz federal Daniel Rafecas decretasse a prisão dos quatro homens, além de manter ativas as ordens de prisão de oito iranianos.

Segundo o documento, entre os quatro procurados, três têm alguma relação com o Brasil. Veja a lista abaixo:



  • Hussein Mounir Mouzannar, que tem identidade paraguaia e que poderia estar morando atualmente na República do Paraguai ou na cidade de Foz do Iguaçu, no Brasil.
  • Ali Hussein Abdallah, naturalizado brasileiro e com passaporte paraguaio.
  • Farouk Abdul Hay Omairi, naturalizado brasileiro e com último domicílio em Foz de Iguaçu.
  • Abdallah Salman, também conhecido como ‘El Reda’; acredita-se que ele mora em Beirute, no Líbano.

O pedido de captura, dirigido à Interpol, afirma que está provado que esses quatro pertencem ou cooperação com o braço armado do grupo Hezbollah.

O pior atentado da história da Argentina

O atentado a bomba à Amia, o pior da história argentina, matou 85 pessoas, e deixou aproximadamente 300 feridos.

A Justiça da Argentina atribui o atentado a funcionários de alta hierarquia do governo do Irã nos anos 1990 (na época, o presidente era Ali Rafsanjani) em conjunto com o movimento libanês Hezbollah.

Israel e as organizações judaicas na Argentina endossam essa hipótese. Com aproximadamente 300 mil pessoas, a comunidade judaica da Argentina é a maior da América Latina.

Comunidade judaica da Argentina lembra mortos no atentado à embaixada em Buenos Aires

Comunidade judaica da Argentina lembra mortos no atentado à embaixada em Buenos Aires

Um dos mencionados nesta quinta-feira já tinha pedido de prisão expedido pelo atentado à embaixada de Israel em Buenos Aires, em 1992, que deixou 29 mortos e 200 feridos.

Os dois atentados permanecem impunes.

Pedidos de prisão antigos

Em 2006, a Justiça da Argentina emitiu ordem para a prisão de oito iranianos.

A investigação sustenta que os principais suspeitos do ataque integravam o governo iraniano da época, entre eles o ex-presidente Ali Rafsanjani.

Histórico da investigação

A investigação do caso teve problemas, acusações de acobertamento de suspeitos, de ocultação de provas e outras questões.

Em 2019, funcionários da Justiça e do governo de Carlos Menem (199-1999) foram considerados culpados por problemas na investigação, mas nesse processo não foi determinado por que essas pessoas teriam ocultado provas ou desviado as investigações.




Todos os créditos desta notícia pertecem a G1 Mundo.

Por: G1

Esta notícia é de propriedade do autor (citado na fonte), publicada em caráter informativo. O artigo 46, inciso I, visando a propagação da informação, faculta a reprodução na imprensa diária ou periódica, de notícia ou de artigo informativo, publicado em diários ou periódicos, com a menção do nome do autor, se assinados, e da publicação de onde foram transcritos.

Avalie

Post anterior

homem-e-preso-apos-empurrar-turistas-de-penhasco-perto-do-‘castelo-da-cinderela’,-na-alemanha

G1 Mundo

Homem é preso após empurrar turistas de penhasco perto do ‘Castelo da Cinderela’, na Alemanha

Um norte-americano foi preso após empurrar duas turistas de um penhasco perto do castelo de Neuschwanstein, conhecido como "Castelo da Cinderela", no sul da Alemanha, na quarta-feira (15). Uma das jovens morreu. Segundo as autoridades, o homem de 30 anos conheceu as duas turistas norte-americanas, de 21 e 22 anos, em uma trilha e as atraiu para um caminho que leva a um mirante, disse a polícia em comunicado. "A […]

today16 de junho de 2023 8

Publicar comentários (0)

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado. Os campos obrigatórios estão marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.


0%