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A Justiça argentina solicitou, nesta quinta-feira (15), um pedido de prisão internacional de quatro libaneses suspeitos de terem colaborado na preparação do atentando ao centro judaico Associação Mutual Israelita Argentina (Amia) de Buenos Aires, em 1994, que deixou 85 mortos.
Os promotores pediu para que o juiz federal Daniel Rafecas decretasse a prisão dos quatro homens, além de manter ativas as ordens de prisão de oito iranianos.
Segundo o documento, entre os quatro procurados, três têm alguma relação com o Brasil. Veja a lista abaixo:
O pedido de captura, dirigido à Interpol, afirma que está provado que esses quatro pertencem ou cooperação com o braço armado do grupo Hezbollah.
O atentado a bomba à Amia, o pior da história argentina, matou 85 pessoas, e deixou aproximadamente 300 feridos.
A Justiça da Argentina atribui o atentado a funcionários de alta hierarquia do governo do Irã nos anos 1990 (na época, o presidente era Ali Rafsanjani) em conjunto com o movimento libanês Hezbollah.
Israel e as organizações judaicas na Argentina endossam essa hipótese. Com aproximadamente 300 mil pessoas, a comunidade judaica da Argentina é a maior da América Latina.
Comunidade judaica da Argentina lembra mortos no atentado à embaixada em Buenos Aires
Um dos mencionados nesta quinta-feira já tinha pedido de prisão expedido pelo atentado à embaixada de Israel em Buenos Aires, em 1992, que deixou 29 mortos e 200 feridos.
Os dois atentados permanecem impunes.
Em 2006, a Justiça da Argentina emitiu ordem para a prisão de oito iranianos.
A investigação sustenta que os principais suspeitos do ataque integravam o governo iraniano da época, entre eles o ex-presidente Ali Rafsanjani.
A investigação do caso teve problemas, acusações de acobertamento de suspeitos, de ocultação de provas e outras questões.
Em 2019, funcionários da Justiça e do governo de Carlos Menem (199-1999) foram considerados culpados por problemas na investigação, mas nesse processo não foi determinado por que essas pessoas teriam ocultado provas ou desviado as investigações.
Por: G1
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